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CPI estuda convocar ex-presidente da Cohab

Decisão de chamar dirigente da gestão Gasparini sai hoje; comissão ouvirá suspeita

DE RIBEIRÃO PRETO

A CPI da Cohab-RP deve ouvir ainda neste mês o ex-presidente da Companhia Habitacional Regional de Ribeirão Preto Luiz Marcelo de Sales Roselino, que comandou a empresa entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008.

A Comissão Parlamentar de Inquérito foi criada para apurar supostas irregularidades na entrega de casas populares e uma dívida "assumida" pela gestão de Welson Gasparini (PSDB).

O presidente da CPI, Walter Gomes (PR), afirmou que a comissão deve decidir hoje se ouvirá Roselino.

Se for chamado, ele será questionado sobre a dívida de R$ 150 milhões de mutuários de diversas cidades da região, que a Prefeitura de Ribeirão Preto se comprometeu a honrar com a Caixa Econômica Federal.

Em valores atualizados por juros, o montante chega hoje a R$ 350 milhões, de acordo com informação da Cohab-RP, que atualmente é comandada por Sílvio Martins, indicado pelo PMDB ao cargo.

Essa dívida, apesar de não ter nada a ver com a suposta fraude das casas, foi o que motivou a base de apoio à prefeita Dárcy Vera (PSD) a transformar a antiga CEE (Comissão Especial de Estudos) sobre o caso em CPI.

Até agora, porém, os vereadores praticamente não entraram na questão da dívida.

O assunto prometia ser o foco da CPI, mas a situação mudou. A Folha publicou, em 8 de dezembro, que a "confissão" de dívida alvo dos governistas tinha sido autorizada pela própria Câmara em 2006.

Mas, antes de convocar Roselino, a comissão já decidiu que ouvirá as suspeitas de estelionato e acusadas de oferecer benefícios na entrega das casas a pessoas que pagassem até R$ 3.000.

Hoje, a partir das 16h, a CPI ouvirá Marta Aparecida Mobiglia, 45, que disse à polícia que Dárcy e sua irmã, Marli Vera, participavam do suposto esquema de fraude.

"Chamamos três suspeitas de participar disso, mas o que interessa para nós mesmo é ouvir a Marta", afirmou o presidente da CPI.

Também será ouvido antes de Roselino um representante da Caixa Econômica Federal. "Ele vai nos dizer se é possível fazer o que a Marta prometia", disse.

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