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Festa do Peão de Barretos começa com o desafio de manter público

Organização espera receber 900 mil pessoas durante o evento, mesmo número da edição de 2013

Copa no Brasil, crise financeira e eleições são os fatores que mais preocupam; shows inéditos são as apostas

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Barretos abre nesta quinta-feira (21) a 59ª edição da Festa do Peão de Boiadeiro, a mais tradicional do gênero no país, em meio a incertezas no mundo dos rodeios.

O evento, que termina no dia 31, vai enfrentar um ano atípico, com Copa do Mundo no Brasil, eleições e o país envolto numa crise financeira.

Além disso, como a Folha revelou em julho, os rodeios, que tiveram o auge e expansão nas décadas de 1990 e 2000, agora buscam diversificar as atrações para tentar frear a redução de público.

Em Americana, houve queda no número de pessoas, enquanto Limeira reduziu a duração do evento, e Jaguariúna mudou a data para não perder frequentadores. As três estão entre as principais festas de peão do Estado.

O desafio de Barretos neste ano é manter as 900 mil pessoas que compareceram à festa em 2013.

Por isso, haverá shows inéditos --duplas que nunca tocaram juntas se apresentando no mesmo palco-- e artistas de gêneros musicais diferentes do sertanejo.

No sábado (23), se apresentam no segundo palco mais importante da festa, o Festeja, a funkeira Anitta e o cantor de axé Bell Marques, ex-Chiclete com Banana. Na sexta (22), quem anima o público no trio elétrico é a banda de pagode baiana Psirico.

Apesar das atrações alternativas, a festa mantém eventos ligados à tradição da cultura caipira.

O presidente da associação Os Independentes, Jerônimo Luiz Muzetti, que organiza a festa, disse acreditar em otimismo, apesar das dificuldades geradas pela crise. "A população está sem dinheiro, mas estou otimista."

O investimento para este ano é de R$ 13 milhões, igual a 2013, com a expectativa de arrecadar R$ 20 milhões.

Serão mais de cem shows musicais, disputas de oito modalidades de rodeio e outras atrações espalhadas em 2 milhões de metros quadrados no Parque do Peão, recinto projetado por Oscar Niemeyer e que contará com 5.000 funcionários, entre seguranças, equipes de limpeza e apoio.

Especialista em cultura caipira, o professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) José Leonardo do Nascimento afirmou que a diminuição de público nos rodeios pode estar relacionada à falta de identidade com o Brasil do campo.

"Esses rodeios, essas festas, incluindo Barretos, não trazem a tradição do verdadeiro passado da história do Brasil no campo. São americanizados. É uma importação da cultura dos EUA. Estimulada, principalmente, pelos meios de comunicação", disse o professor.

Para ele, é importante restaurar e resgatar os padrões culturais brasileiros.

COMPETIÇÕES

Já nos primeiros quatro dias de festa, Barretos será sede da final do maior campeonato de montaria em touros do Brasil.

De 21 a 24 de agosto acontece a última etapa do Monster Energy PBR (Professional Bull Riders).

Serão distribuídos R$ 300 mil em prêmios. O vencedor do campeonato leva R$ 100 mil e o direito de disputar a final mundial da categoria, nos EUA, onde a premiação chega a US$ 1 milhão.

Além disso, haverá competições durante os 11 dias de festa em mais sete modalidades, que distribuirão, no total, R$ 704 mil em prêmios.


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