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Apesar de renovação, persiste deficit em canaviais da região Índice de renovação nas lavouras deve atingir até 20%, segundo entidade do setor MARCELO TOLEDOEDITOR-ASSISTENTE DA “FOLHA RIBEIRÃO” Após perder ao menos 15% de sua produção no ano passado, o setor sucroalcooleiro da região de Ribeirão Preto prevê recuperar parte das perdas na próxima safra, mas sem resolver os problemas. Impulsionado por fatores como a falta de investimentos em lavouras de cana-de-açúcar, pragas e problemas climáticos, a macrorregião colheu aproximadamente 22 milhões de toneladas de cana a menos, segundo estimativa da Unica com base em dados do IEA (Instituto de Economia Agrícola). Para a safra 2012/13, que deve começar em março em algumas usinas, ainda há cana-de-açúcar velha no campo, mas a renovação de lavouras deve atingir até 20% da área plantada, índice que permitirá que a produção cresça em relação à deste ano, mas sem resolver o "deficit" no campo. A renovação de lavouras é importante porque a cana-de-açúcar nova chega a render até 120 toneladas por hectare. Já um canavial envelhecido produz pouco mais de 60 toneladas em mesma área. A região responde por aproximadamente 40% da produção do Estado de SP, o principal produtor brasileiro. "Algumas regiões produtoras sofreram com praga, o que inclui as cidades da região de Ribeirão, causando essa perda de produção", afirmou Sérgio Prado, representante da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) em Ribeirão Preto. A expectativa é que a produção neste ano cresça pelo menos 4%. No Estado, ela ajudaria a recuperar o "prejuízo" no campo: o ano terminou com 302 milhões de toneladas colhidas, ante as 356 milhões da safra anterior. Para o empresário e consultor Maurilio Biagi Filho, apesar dos problemas referentes à produção, do ponto de vista econômico a safra 2011/12 foi boa. "Os preços do açúcar e do etanol estiveram em bons patamares. Quem trabalhou direito conseguiu fazer algum dinheiro. Mas a produção foi péssima", disse. Segundo ele, a safra de 2012 deve oscilar pouco. "Pode ser 5% a mais ou a menos, depende do clima. O início de dezembro foi muito seco." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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