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Após 28 anos, USP Ribeirão volta a oferecer café da manhã aos alunos

Desde 2007, alunos reivindicavam uma terceira refeição diária subsidiada no campus

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Café, pão com manteiga, achocolatado em caixinha e uma fruta por R$ 0,60. Depois de 28 anos de suspensão, a USP Ribeirão Preto voltou a oferecer café da manhã no restaurante universitário para os 11 mil alunos de graduação e pós-graduação.

Reivindicação dos estudantes pelo menos desde 2007, a terceira refeição diária começou a ser servida na última quarta-feira (1º), das 7h às 8h30, e nos dois primeiros dias atendeu aproximadamente 480 alunos.

A expectativa inicial da universidade era servir o café da manhã para 500 alunos. Para bolsistas que se hospedam na moradia estudantil, a refeição é gratuita.

De acordo com a universidade, o café da manhã tem um custo, por aluno, de pelo menos R$ 3,30, levando em consideração apenas o valor dos alimentos.

Ana Lúcia Eiko Losa, chefe técnica da seção de alimentação do campus de Ribeirão Preto, afirmou que foram aproveitados os contratos de fornecimento de pães e frutas. E foi incluída a compra de achocolatados em caixinhas de 200 ml.

"Aproveitamos os contratos que nós já tínhamos e pedimos a ampliação. Com relação aos funcionários, alguns tiveram que entrar meia hora mais cedo para preparar o café", disse Ana Lúcia.

De acordo com ela, a expectativa era de que a maioria dos cafés da manhã fossem servidos para os estudantes bolsistas. No entanto nos primeiros dias, foram apenas cerca de cem.

A estudante de química Vania Martins Ramos, 17, que recebe bolsa, disse que a refeição irá ajudá-la a economizar nas compras mensais e ainda a ter uma alimentação melhor de manhã.

"Eu compro meu café da manhã e, por ser muito caro, acabava comendo apenas um pão ou uma fruta. Nunca eram os dois. Agora, vou ter uma alimentação mais saudável", disse Vânia.

Das universidades estaduais com campi no interior, a USP Ribeirão é a única a oferecer o café da manhã. Na Unicamp e na Unesp não há previsão de ela ser servida.

Daniel Alves Rosa, aluno de direito e diretor do DCE (Diretório Central dos Estudantes) de Ribeirão, disse que a refeição matutina foi reivindicada nas greves de 2007 e 2010, nas três universidades.

"Quando o café da manhã foi extinto na universidade, não havia uma política bem desenvolvida de assistência nem aos estudantes nem aos alunos de baixa renda. Nós brigamos porque agora essa política é melhor e mais inclusiva", afirmou.

Em nota, a USP informou que os recursos para a nova refeição já estavam previs- tos desde o ano passado pela reitoria, para que o café da manhã fosse adotado como ocorreu no campus da capital paulista.

A universidade, no entanto, não informou se há uma previsão de o café da manhã ser implementado nos restaurantes universitários de outros campi, como o de São Carlos e o de Pirassununga.


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