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Ampliação do Leite Lopes provoca até 323 desapropriações

Convênio anunciado para erguer terminal internacional de cargas não fere acordo judicial, afirmam prefeitura e Estado

Desapropriação atinge jardins Salgado Filho e Aeroporto; Ribeirão poderá ter também voos para Chile e Argentina

Márcia Ribeiro/Folhapress
A prefeita Dárcy Vera com o superintendente do Daesp, Ricardo Volpi, em seu gabinete
A prefeita Dárcy Vera com o superintendente do Daesp, Ricardo Volpi, em seu gabinete

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

O projeto para alterar a dimensão da pista do aeroporto Leite Lopes de Ribeirão Preto, para tornar a área útil maior, prevê desapropriar até 323 imóveis nos jardins Salgado Filho e Aeroporto.

O cálculo do projeto prevê que o custo das desapropriações pode chegar a R$ 17,6 milhões, considerando-se o valor venal dos imóveis.

A estimativa de 323 imóveis, entre terrenos e construções, refere-se à primeira quadra ao longo de toda a extensão da rua Americana, rente ao limite do aeroporto.

O cálculo inclui, porém, parte de favelas que já foram demolidas pela prefeitura.

Segundo Ivo Colicchio, da Coordenadoria de Projetos Especiais da prefeitura, esse é o número máximo de imóveis passíveis de desapropriação, mas só uma avaliação final do Estado projetará o número real e os custos. Não há data para as remoções.

A desapropriação é uma das consequências para ampliar a pista útil do Leite Lopes de 1.800 m para 2.100 m, que vai passar a se estender sobre o que hoje é a avenida Tomas Alberto Whatelly.

A ampliação foi discutida ontem na prefeitura pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), pela prefeita Dárcy Vera (PSD) e pela Dersa, empresa mista ligada ao Estado que cuidará das desapropriações.

Um convênio deve ser assinado entre os três ainda neste mês. As obras podem começar já neste ano, após análise de documentação.

O convênio, segundo a prefeitura e o Estado, não fere o acordo judicial feito com a Promotoria vetando a ampliação do aeroporto. Procurado, o Ministério Público disse que só vai se manifestar quando receber o projeto do Estado.

A pista útil de 2.100 m é o que falta para a viabilização do terminal internacional de cargas. A Tead Brasil, empresa que em 2003 venceu a licitação para operar o terminal, recebeu aval do Daesp no último dia 3 para a construção, que deve começar em 60 dias.

O galpão de 9.231 m² deve ficar pronto até fim do ano. O terminal deve carregar 150 toneladas de produtos por mês até Miami (EUA) e gerar até 120 empregos diretos.

O superintendente do Daesp, Ricardo Volpi, afirmou que também será possível que até 2014 haja voos comerciais de passageiros para países como Chile e Argentina.

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