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Ciclovias nascem com limitação em Ribeirão

Especialistas elogiam a iniciativa, mas apontam falta de planejamento

Segundo eles, pistas para bicicletas não têm interligação umas com as outras nem com corredores de ônibus

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Atrás de outros municípios menores do Estado, como Santos e Sorocaba, Ribeirão Preto começa a receber suas primeiras ciclovias.

Especialistas afirmam, porém, que, embora haja mérito da prefeitura, o projeto nasce sem planejamento para que as bicicletas possam ser usadas, de forma efetiva, como meio de transporte.

Há duas obras em andamento: na via Norte, que deverá contar com 5,3 km para os ciclistas, e na avenida Henri Nestlé, com 2 km, em pontos opostos da cidade.

Não há, entretanto, nenhum plano definido para interligar todo o sistema. As ciclovias não estão unidas a outros meios de transporte, como terminais de ônibus.

"Da forma como estão, elas [as ciclovias] ligam o nada a lugar nenhum", disse o engenheiro Cantídio Bretas Maganini, presidente do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo) de Ribeirão.

Segundo ele, as ciclovias precisariam ligar as avenidas e os bairros. "Caso contrário, não fazem sentido", afirmou.

O advogado Adhemar Gomes Padrão, presidente da ABSV (Associação Brasileira para a Segurança Veicular), aponta falta de segurança na rotatória Amin Calil, que dá continuidade à via Norte.

Segundo ele, seria necessária a inversão da mão de direção na rotatória, para permitir que o ciclista consiga ingressar na via com segurança. "É uma adaptação forçada."

O ourives Claudinei de Nadai, 46, usa a bicicleta todos os dias para ir ao trabalho e afirma não acreditar no sucesso da implantação da ciclovia na via Norte. "O problema é a falta de segurança e alagamento no local."

Já na Henri Nestlé, ciclistas ouvidos pela Folha aprovam a ciclovia.

CICLOFAIXA

Também conta com o apoio de entrevistados pela reportagem a ciclofaixa entre os parques Luiz Carlos Raya e Curupira, que funciona nas manhãs de domingo e recebe cerca de 5.000 pessoas.

"Funciona em um horário em que não oferece problema no trânsito e está muito bem sinalizada, com um contingente de agentes de trânsito bom", afirmou a advogada Marli Iossi Zocarato, especialista em trânsito.

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