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Lixo se acumula nos 4 cantos de Ribeirão

Em dois dias, Folha percorre a cidade e acha também entulho e sofás velhos jogados nas zonas leste, oeste, norte e sul

Problema é registrado inclusive em bairros nobres; prefeitura diz que vai visitar e limpar os locais indicados

Márcia Ribeiro/Folhapress
Lixo e entulho descartados irregularmente na rua José Jaime Dalibo, no Jardim Nova Aliança, zona sul de Ribeirão Preto
Lixo e entulho descartados irregularmente na rua José Jaime Dalibo, no Jardim Nova Aliança, zona sul de Ribeirão Preto

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Embora revistas publicadas pelo governo Dárcy Vera (PSD) afirmem que Ribeirão está "mais limpa" e a população "satisfeita", um passeio pela cidade mostra que a situação é outra em terrenos, ruas e avenidas da periferia e até de áreas nobres.

A Folha percorreu diferentes regiões do município nos últimos dois dias e encontrou 15 pontos de descarte irregular de lixo, entulho e sofás. O problema ocorre nas zonas leste, norte, oeste e sul, onde estão alguns bairros nobres.

Uma das situações mais críticas é a da via Norte, onde a reportagem contou 13 sofás velhos abandonados em um mesmo terreno, além de seis pequenos pontos de descarte de detritos de construção e lixo comum.

Também na região norte, um terreno próximo à linha do trem, no final da rua Pará, acumula dejetos há meses sem que a prefeitura tome providências, segundo Verônica da Silva, 53, que mora ao lado do local. "Faz cinco meses que moro aqui. O pessoal já pediu para a prefeitura limpar, mas não adianta", disse.

A poucos quarteirões da rua Pará, em um terreno na esquina das ruas Piauí e Paranaguá, o governo até faz a limpeza periódica, segundo moradores. Mas nem as placas de "proibido jogar lixo" impedem novos descartes.

Raquel Gonzales, 42, afirma que "é muito rápido" o intervalo entre o serviço de coleta e os novos despejos. "O povo é muito sem educação. A gente até pensa em ligar e denunciar, mas até a fiscalização chegar, já era", disse.

Uma senhora que não quis ser identificada disse que o problema é complexo, pois os próprios moradores contribuem com o problema: pessoas que deveriam alugar caçambas de entulho preferem pagar "trocados" para usuários de drogas jogarem os materiais no local.

2 ANOS DE PROBLEMA

No bairro Palmeiras 1, na zona leste, a aposentada Lucélia Nascimento, 61, contou que pede há dois anos para a prefeitura resolver o problema de um descarte irregular no final da rua sem saída Ermelindo Minelli Alves.

O lixo já não fica só no terreno e tomou parte da rua a ponto de "trancar" a entrada de sua garagem.

"Não consigo mais alugar a casa por conta dessa sujeira. Jogam de tudo aqui, até bicho morto", afirmou.

Até na zona sul, área nobre de Ribeirão Preto, parte da rua José Jaime Delibo, perto do Ribeirão Shopping, serve de depósito de resíduos tanto domésticos como da construção civil e um sofá velho também foi abandonado.

Um terreno baldio próximo à USP é o ponto de descarte irregular na região oeste.

Veja as imagens dos descartes em Ribeirão
folha.com/no1038940

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