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Total de DPs cai pela metade em 11 cidades

Governo do Estado faz reengenharia que reduz de 40 para 18 as delegacias; dos municípios, três ficam na região

Estado afirma que frota e efetivo não mudarão; sindicato dos delegados diz que fusão está sendo imposta por secretaria

Edson Silva/Folhapress
Marcelino Borba Baima, 40, no 7º DP em Bonfim Paulista, um dos DPs que serão extintos
Marcelino Borba Baima, 40, no 7º DP em Bonfim Paulista, um dos DPs que serão extintos

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A reengenharia do governo do Estado para a segurança pública reduziu a menos da metade o número de delegacias de 11 cidades do interior -três na região de Ribeirão Preto-, onde o plano está adiantado.

De 40 DPs (distritos policiais) e delegacias especializadas que existiam nos municípios, restam hoje 18. Entre as cidades, estão Barretos, Guaíra e Olímpia.

Os números são da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), que afirma que o plano de reengenharia não representa redução de efetivo, frota ou equipamentos, mas otimização da estrutura para as investigações.

O plano teve início de forma experimental entre 2010 e 2011, mas a regulamentação do processo só foi oficializada em novembro passado.

As fusões de unidades começaram nas cidades do Deinter 9 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), cuja sede é Piracicaba, e agora são planejadas por seccionais de todo o Estado.

Ribeirão Preto, por exemplo, deve redistribuir seis dos seus 12 distritos e delegacias.

O enxugamento das unidades variou de intensidade entre um município e outro.

Em Pirassununga, as cinco unidades da Polícia Civil foram reduzidas a duas. São João da Boa Vista diminuiu de sete para três a quantidade de distritos.

Já em Barretos, o número de unidades da Polícia Civil caiu de seis para quatro, segundo o delegado seccional da cidade, João Osinski Junior, que fez as alterações. "O objetivo foi melhorar o atendimento à população".

'IMPOSIÇÃO'

O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, George Melão, porém, afirma que o plano está sendo "imposto" pela SSP sem um debate prévio com a população.

Para ele, os moradores de cada região onde hoje funcionam os DPs deveriam ser consultados e orientados sobre o assunto. Melão disse que o sindicato também não tem sido informado sobre o andamento do projeto.

A assessoria da SSP disse que não falta transparência e que o plano foi discutido em audiência pública. A ideia de mudanças, no entanto, ainda gera apreensão dos vizinhos dos distritos e delegacias (leia texto nesta página).

Segundo Valdir Assef Junior, coordenador do projeto no Estado, a intenção é implantar uma "nova filosofia de gestão" da segurança. "É necessária toda uma conscientização disso."

Ele diz que, com a mudança, os DPs não serão mais apenas balcões para registro de boletins de ocorrência.

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