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Região lidera casos de dengue no Estado

Pontal e Borborema estão entre as dez cidades recordistas da doença neste ano; registros caíram 95% em janeiro

Número alto de pessoas já imunes aos sorotipos 1, 2 e 3 e a retirada de criadouros explicam queda, diz especialista

Silva Junior/Folhapress
Agente de controle de vetores procura criadouros em casa no Jardim Princesa, em Pontal; cidade vive surto da doença
Agente de controle de vetores procura criadouros em casa no Jardim Princesa, em Pontal; cidade vive surto da doença

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Pontal e Borborema, na região de Ribeirão Preto, lideram a lista dos dez municípios paulistas com o maior número de confirmações de dengue no Estado.

A informação foi divulgada ontem em um balanço do mês de janeiro feito pela Secretaria de Estado da Saúde.

Em Pontal, líder do ranking, a prefeitura já confirma 59 casos, o que configura um surto da doença na cidade. No balanço estadual, porém, Pontal ainda aparece com 27 confirmações -geralmente, os municípios têm dados mais atualizados do que os órgãos do Estado.

Em seguida, Borborema, com 20 casos confirmados, é a segunda na lista estadual.

Em todo o Estado, foram registradas 129 confirmações neste mês, o que significa uma queda de 95% nos casos em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em Ribeirão, cidade que vive epidemia por seis anos seguidos, a Vigilância Epidemiológica confirmou ontem que janeiro se encerrou com cinco casos, ante 965 no mesmo período do ano passado.

Para especialistas, a principal razão para a queda, além do trabalho de eliminar criadouros, é a resistência da população aos sorotipos de dengue 1, 2 e 3, os mais comuns no Estado.

"A tendência é de uma oscilação de um ano para outro [do número de casos] porque você satura o número de pessoas suscetíveis", afirmou o infectologista Celso Granato, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

FALTA DE AGENTES

Líder no ranking estadual, Pontal tem 87 casos suspeitos da doença que ainda dependem de exames.

O município também suspeita de que a morte de um homem hipertenso de 57 anos, ocorrida no último dia 23, esteja relacionada com a doença.

Para o chefe da Divisão de Controle de Vetores, Anderson Pereira de Araújo, ainda falta maior consciência das pessoas. "Há locais que retiramos recipientes e uma semana depois encontramos novos criadouros", disse.

Ele admite, porém, que parte dos casos confirmados se deve à falta de agentes de controle de vetores no segundo semestre. Pontal chegou a ter até junho 25 pessoas fazendo o serviço, a maioria emprestada de outras áreas.

Entre julho e setembro, porém, mantiveram-se nas ruas apenas quatro agentes. Neste ano, são 38 servidores.

Em Borborema, além das 20 confirmações, há 80 casos suspeitos esperando resultado dos exames. Hoje atuam 13 agentes de vetores, sete a mais do que em 2011.

Em Ribeirão Preto, a prefeitura atribui a queda ao trabalho de retirada dos criadouros nas casas.

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