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Câmara ignora custo, mas promete bancar plebiscito

Para presidente da Casa, consulta sobre nº de vereadores não deve custar muito

Entidade diz que ideia da Câmara foi só para 'ganhar tempo' e que projeto de lei popular não foi abandonado

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A Câmara de Ribeirão Preto está disposta a arcar com os custos da realização de um plebiscito sobre o número de vereadores da cidade, segundo o presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva (PMDB).

O vereador, no entanto, disse não saber quanto poderá gastar de dinheiro público para custear a consulta, caso ela venha a ser realizada. "O valor eu não sei, mas não deve ser muita coisa", afirmou.

A ideia do plebiscito partiu dos próprios parlamentares, em novembro, porque a Câmara se recusou a ceder à pressão de entidades da cidade que deflagraram uma campanha contrária ao aumento de 20 para 27 vereadores a partir de 2013.

O pedido da Casa para a

realização do pleito ainda está em análise no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de SP, mas não há previsão para que o órgão se pronuncie.

Desde o ano passado, Ciesp (central das indústrias do Estado), Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se movimentam para derrubar a lei que estabeleceu a ampliação do número de vagas.

Para o diretor do Ciesp, Dorival Balbino, o plebiscito foi uma maneira que a Câmara encontrou para ganhar tempo e tentar enfraquecer a campanha contrária ao aumento no número de vereadores. O mesmo ele afirma sobre a promessa de Cícero para custear a consulta pública.

"Isso não faz sentido. Pode escrever. Se acontecer o plebiscito e o resultado for menor que 85% de pessoas contrárias a 27 vereadores, eu vou defender o maior número de vagas", disse.

Ele afirmou ainda que o grupo que encabeça a campanha "não é bobo" e não parou de recolher assinaturas para propor uma lei de iniciativa popular para cancelar o aumento aprovado pelos vereadores em 2010.

'É POSSÍVEL'

Segundo o TRE, embora ainda não exista uma posição oficial sobre o plebiscito de Ribeirão, se ele vier a acontecer, é possível que os custos sejam pagos pelo Legislativo.

Algo semelhante já aconteceu no ano passado, quando eleitores da antiga Embu decidiram mudar o nome da cidade para Embu das Artes.

A votação, que contou com cerca de 500 urnas eletrônicas, foi coordenada pela Justiça Eleitoral, mas com recursos da prefeitura da cidade.

A realização do pleito teve custo de aproximadamente R$ 135 mil, de acordo com o TRE. Embu das Artes tem 170 mil eleitores. Já Ribeirão possui cerca de 407 mil votantes.

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