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Falta de energia afeta 20 cidades na região

Problemas em subestações, temporais e raios são alguns dos motivos alegados pela CPFL Paulista para as quedas

Especialista diz que empresas deveriam investir num sistema eficiente para localizar os defeitos da rede

Edson Silva/Folhapress
Funcionário a serviço da CPFL trabalha em poste de madeira na Vila Virgínia, em Ribeirão
Funcionário a serviço da CPFL trabalha em poste de madeira na Vila Virgínia, em Ribeirão

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Problemas recorrentes na rede de abastecimento de energia elétrica afetaram ao menos 20 cidades da região nos últimos oito meses.

Só neste mês, foram dois casos em Ribeirão Preto -a interrupção de anteontem atingiu 172 mil imóveis, incluindo parte de Sertãozinho.

Problemas em subestações, em linhas de transmissão -como foi o caso de Ribeirão- e os temporais, com queda de galhos na fiação ou raios com descarga elétrica, são algumas das causas apontadas pela CPFL Paulista, responsável pela distribuição na região.

Em ao menos nove situações nos últimos oito meses, Ribeirão Preto teve grande parte da cidade atingida pelo desabastecimento de energia. No mesmo período, Araraquara teve interrupção no fornecimento ao menos quatro vezes. Franca e Barretos tiveram três casos cada.

Os casos não incluem falta de luz que tenha ocorrido em algumas quadras, como aquelas provocadas por pipas presas na fiação elétrica.

Em pelo menos nove ocasiões, os temporais foram os responsáveis pelas grandes interrupções nessas cidades.

De acordo com a CPFL, o tempo médio de espera para o restabelecimento de energia na área atendida pela empresa é de 75 minutos.

Segundo José Carlos Melo Vieira, doutor em engenharia elétrica da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), as redes são projetadas para serem desligadas quando há risco de sobrecarga.

No entanto, para que isso não se torne um problema, as empresas precisam investir em um sistema eficiente para localizar os defeitos e, assim, restabelecer o fornecimento, diz Vieira.

"Não tem como lutar contra a chuva, os raios e as colisões em postes. Mas com um maior nível de automação é possível localizar os pontos atingidos e religá-los rapidamente", afirma.

Segundo o engenheiro, muitas empresas de distribuição de energia ainda dependem da ligação de clientes avisando onde faltou luz. Com um sistema automatizado, isso poderia ser informado em um painel na empresa.

OUTRO LADO

A falta de luz que afeta um grande número de pessoas está ligada aos casos sistêmicos, que envolvem mais de uma empresa da rede de fornecimento e distribuição de energia, afirma Rodrigo de Vasconcelos Bianchi, gerente de controle operacional do grupo CPFL Energia.

"Sabemos que, para o consumidor final, não interessa onde foi o problema, por isso participamos das reuniões com as demais empresas para saber o que aconteceu."

A CPFL Paulista informa que o processo interno de análise dessas ocorrências pode levar de 40 a 50 dias até chegar a um consenso sobre as causas e à elaboração de um plano de ação para evitar novos casos.

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