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Na terra do chope, vinho ganha mercado

Restaurantes, casas especializadas e supermercados de Ribeirão Preto veem crescimento do consumo da bebida

Atendendo à demanda, bistrô cria confraria do vinho e até restaurante japonês oferece a bebida em seu cardápio

Silva Junior/Folhapress
Gerente da Mercovino, Andreia Biagi Nalini toma vinho durante jantar com amigos em restaurante de Ribeirão Preto
Gerente da Mercovino, Andreia Biagi Nalini toma vinho durante jantar com amigos em restaurante de Ribeirão Preto

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Na terra do chope, o vinho vem ganhando espaço em restaurantes, casas especializadas e supermercados de Ribeirão. A tendência contraria a ideia de que a bebida só cai bem em cidades com temperaturas mais baixas.

Conhecida nacionalmente por suas choperias -em especial a Pinguim-, a cidade tem visto a ampliação das importadoras, de supermercados com consultores de vinho e de restaurantes que investem na harmonização da comida com a bebida -até uma casa japonesa adotou a prática.

As revendedoras de vinho falam que o mercado cresce 15% ao ano em Ribeirão.

O Flor de Sal Bistrô criou há um ano uma confraria do vinho com o objetivo de fomentar o consumo entre os clientes da casa.

Desde então, segundo o chef e proprietário Tiago Caparroz, o número de clientes vem crescendo inclusive de segunda a quinta-feira -dias com menos movimento. Há um ano, o número de couvert vendido era de 15 por noite. Hoje passou a 45. Desses, 90% frequentam o bistrô nos dias de confraria.

VINHO E SUSHI

Até um restaurante japonês, o Mirai, tem investido no vinho. Suely Hayashida, uma das proprietárias, descobriu a demanda por vinhos há dois anos. A casa conta com um cardápio especial, com dados sobre cada garrafa.

O aumento do consumo pode ser constatado com os resultados das importações da ribeirão-pretana Mercovino: desde que começou a comprar produtos do exterior, em 2005, as vendas crescem 15% ao ano.

"Começamos como uma distribuidora, mas dois anos depois passamos a importar por causa do potencial de consumo", afirmou a gerente Andrea Biagi Nalini.

Na World Wine, o acesso a diferentes rótulos de vinho se dá, principalmente, no "bota-fora" anual que já ficou famoso em Ribeirão.

'DEMOCRATIZAÇÃO'

Segundo Juliana La Pastina, gerente de marketing, embora a intenção seja a de trocar o estoque, a ação ajuda a "democratizar" o consumo. "Vinhos ainda são muito caros, o que é um grande entrave para o consumo", afirmou o chef Caparroz.

Em todo o país, a importação de vinhos cresceu 3%, de acordo com o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho): foram 77,6 milhões de vinhos estrangeiros no ano passado, ante 75,3 milhões em 2010.

Apesar do aumento do consumo de vinho, o chope e a cerveja continuam sendo as bebidas mais populares de bares e restaurantes.

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