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Após denúncia, cai secretário de S. Carlos

Nilson Carneiro, que ocupava a pasta de Transporte, é investigado por suposto esquema de cancelamento de multas

Novo titular do cargo só deve ser nomeado após a conclusão de uma sindicância aberta pela administração

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

O secretário de Transporte e Trânsito de São Carlos, Nilson Carneiro, foi exonerado anteontem em decisão tomada após reunião com o prefeito Oswaldo Barba (PT).

Carneiro é suspeito de integrar um suposto esquema de cancelamento de multas de trânsito na cidade, denunciado há cerca de duas semanas pelo vereador da oposição Marco Antônio Amaral (PSDB).

O caso é investigado pelo Ministério Público Estadual. Paralelamente, a administração também investiga as denúncias em uma sindicância aberta por determinação do prefeito.

De acordo com publicação no site da prefeitura, Carneiro saiu do cargo depois de uma reunião com o prefeito, em que pediu para deixar a secretaria.

"A decisão de colocar o cargo à disposição foi motivada pela necessidade de ver os trabalhos da secretaria em andamento, sem sofrerem prejuízos", informa trecho da nota da administração.

Em seu lugar, assumiu interinamente a diretora de trânsito da pasta, Regina Romão. Segundo a prefeitura, o novo secretário deverá assumir após a conclusão da sindicância, em até 60 dias.

Procurado, o agora ex-secretário não foi encontrado no final de semana.

O CASO

De acordo com denúncias do vereador, multas de trânsito foram canceladas desde o início da gestão de Barba, inclusive de pessoas pertencentes ao alto escalão do governo municipal: os secretários Alberto Engelbrecht, da Habitação, e Nivaldo Sigoli, de Serviços Públicos. O esquema passaria por Carneiro.

Amaral entregou provas documentais à Promotoria, como um bilhete anexado à notificação de autuação de infração de trânsito em que um funcionário do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) escreveu ao secretário de Governo, João Pedrazani: "Passei pelo radar, sempre com pressa, onde a velocidade permitida era 60 km/h, a 71 km/h".

Ainda de acordo com o vereador, no bilhete o funcionário afirma que pegou o veí-culo Strada emprestado do irmão para ir até o bairro Santa Felícia, onde buscaria uma geladeira, e passou pelo radar no trajeto.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que nenhum dos secretários e funcionários citados pelo vereador tem autorização para falar com a imprensa.

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