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Calil interditada muda rotina de moradores

Pessoas que moram na região próxima à rotatória chegam a 'privatizar' travessa por conta do congestionamento

Comerciantes de Ribeirão Preto também reclamam da falta de estacionamento e do prejuízo nas vendas

Edson Silva/Folhapress
Placa em uma travessa da rua Silveira Martins, em Ribeirão Preto, que 'proíbe' o estacionamento de motoristas que não sejam moradores do local
Placa em uma travessa da rua Silveira Martins, em Ribeirão Preto, que 'proíbe' o estacionamento de motoristas que não sejam moradores do local

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A interdição parcial da rotatória Amin Calil por causa das obras antienchente mudou a rotina dos moradores e comerciantes das ruas da região ontem, primeiro dia útil após a medida.

Em uma travessa localizada na rua Silveira Martins, um morador chegou a colocar uma placa ontem de manhã tornando o estacionamento de carros na via exclusivo para quem vive no local.

Após o início das obras na Calil, ficou proibido parar em parte da Silveira Martins. Por isso, um morador, que não quis se identificar, colocou a placa que "vetou" o estacionamento na travessa.

"Não quero carro estacionado na frente da minha garagem", afirmou. À tarde, a placa foi retirada.

As obras na rotatória mudaram também a rotina de crianças na Marquês de Pombal, rua típica de bairro do interior. Acostumadas a brincar na calçada, ontem ficaram presas em suas casas por causa do grande fluxo de veículos que a via, rota alternativa, passou a receber.

"Ficou perigoso. Nunca vi tanto carro", disse a dona de casa Simone da Rocha, 31, mãe de duas crianças.

COMÉRCIO

Comerciantes de ruas próximas à rotatória afirmam que houve queda de até 50% nas vendas ontem.

O maior problema é enfrentado por quem tem estabelecimentos na rua Silveira Martins e avenida Costa e Silva.

Sobre a proibição de estacionamento, Luiz Fernando Souza, 38, dono de uma empresa de materiais elétricos, afirmou que os comerciantes foram pegos de surpresa.

"A prefeitura deveria ter nos avisado para que pudéssemos informar os clientes e fornecedores." A preocupação de Souza é com a entrega e retirada de mercadorias, feitas com caminhões.

Roberto Aparecido Dias, 43, dono de uma revenda de autopeças, teve de estacionar o carro a quatro quarteirões da própria empresa.

"Amanhã [hoje] virei de moto, para guardar dentro da empresa", afirmou.

Clientes do supermercado Savegnago, também na Silveira Martins, reclamaram da dificuldade de entrar e sair do estacionamento.

Acostumada a frequentar a loja no horário do almoço, a dentista Cristina Sousa Davi, 43, afirmou que deverá mudar a rotina.

"Passo aqui para comprar o lanche das minhas filhas, da escola, todos os dias. Mas hoje já comprei para a semana inteira", afirmou.

O coordenador de marketing da rede, Murilo Savegnago, informou em nota que a empresa irá acompanhar as necessidades de perto, "tomando atitudes possíveis para gerar menos incômodo" aos clientes.

As obras antienchente, que preveem a derrubada e a construção de nova ponte, devem durar até três meses, de acordo com Prefeitura de Ribeirão Preto.

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