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Bispo de Ribeirão critica ação policial feita na cracolândia

Para ele, Estado não disponibilizou abrigo e tratamento adequado a quem vivia no local

DARIO DE NEGREIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

O arcebispo de Ribeirão Preto, dom Joviano de Lima Júnior, criticou ontem a ação policial realizada na cracolândia, na região central de São Paulo, no início deste ano.

Para ele, o Estado "atrasou em atacar a questão" e não disponibilizou abrigo e tratamento adequados aos dependentes químicos que lá viviam.

As críticas foram feitas durante entrevista coletiva para o lançamento da Campanha da Fraternidade de 2012, na Cúria de Ribeirão, cujo tema é a saúde pública.

"A expectativa era que se resolvesse a questão de uma maneira humanitária, ou seja, procurando lugares para abrigar essas pessoas, centros de recuperação", afirmou dom Joviano.

O arcebispo ainda falou sobre a necessidade da intervenção da polícia.

"Às vezes é necessária uma ação policial, mas era preciso ter pensado antes como conduzir essas pessoas para lugares adequados", afirmou.

Ainda de acordo com o arcebispo, condenar simplesmente a intervenção do Estado não seria justo.

"Mas [é justo] pedir que essa intervenção fosse feita de uma maneira humana."

Feita pelos governos estadual (PSDB) e municipal (PSD), a ação na cracolândia começou no dia 3 de janeiro, menos de um mês após a União (PT) lançar o plano nacional de combate ao crack.

Embora tenha iniciado a ação sem que um centro de acolhimento da prefeitura estivesse concluído, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que essa tenha sido uma decisão apressada para se contrapor ao plano da União.

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