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13 anos depois, Pablo vai a júri popular

Empresário é acusado de ter arrastado até a morte a prostituta Selma Heloísa Artigas, presa ao cinto de seu veículo

Caso aconteceu em setembro de 1998; defesa diz que suspeito é inocente e critica juiz que vai presidir o júri

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

O empresário Pablo Russel Rocha, 37, acusado de ter arrastado até a morte pelo cinto de segurança de seu carro uma prostituta, vai a júri popular em Ribeirão Preto, quase 14 anos após o crime.

O julgamento está marcado para o dia 17 de maio, segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), e será presidido pelo juiz Luiz Augusto Freire Teotônio.

O caso aconteceu em setembro de 1998. Na época, Rocha alegou que foi um acidente -Selma Heloísa Artigas, conhecida como Nicole, teria ficado presa ao cinto após sair da Pajero dele.

Ela foi arrastada por cerca de 2 km e morreu pelo atrito com o asfalto. Rocha se entregou à polícia e foi preso.

Na época, declarou que não ouviu gritos da vítima porque escutava música alta.

Um laudo do IML concluiu que Selma foi arrastada pelo braço esquerdo, que fica livre do cinto de segurança, e que o material continha nós -a suspeita é que ele a tenha amarrado antes do crime.

Rocha foi solto em 2000. Ele responde ao processo em liberdade e vive em Ribeirão.

A acusação será feita pelo promotor José Vicente Ferreira Pinto. Ele não foi localizado para falar sobre o júri.

O assistente de acusação Hélio Romualdo Rocha disse que já tinha tomado conhecimento da data do júri, mas que o comunicado oficial ainda não foi feito pela Justiça.

Romualdo não informou qual será a linha de acusação.

Segundo ele, o caso demorou para ser julgado -ainda em primeira instância- porque o advogado de defesa, Sergei Cobra Arbex, recorreu a diversas instâncias.

Instaurado na Vara do Júri de Execuções Criminais de Ribeirão, o caso subiu ao TJ-SP, segundo Romualdo, foi ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, então, voltou a Ribeirão.

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