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Crises marcam o último ano de Sidnei

Prefeito de Franca enfrenta problemas na esfera judicial e embate dentro do próprio partido, o PSDB, que 'rachou'

No término de seu segundo mandato, tucano é denunciado por improbidade e por ocultar documentos

Silva Junior/Folhapress
Pacientes esperam atendimento no pronto-socorro Dr. Janjão, em Franca; contratação de médicos é alvo da Promotoria
Pacientes esperam atendimento no pronto-socorro Dr. Janjão, em Franca; contratação de médicos é alvo da Promotoria

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Em seu último ano no governo, o prefeito de Franca, Sidnei Franco da Rocha (PSDB), enfrenta uma série de crises, envolvendo não só a administração, mas também seu partido.

No cardápio de problemas estão uma denúncia do Ministério Público, uma comissão de investigação da Câmara, a demissão de um funcionário de confiança e um embate político no PSDB.

A denúncia mais recente foi feita pela Promotoria contra ele por improbidade administrativa na contratação de médicos sem concurso público em 2005, quando se tornou prefeito da cidade pela segunda vez -antes disso, tinha sido prefeito nos anos 80; em 2008, se reelegeu.

A 5ª Vara Cível acatou denúncia do promotor Paulo Borges, que depois de investigação constatou que médicos contratados para atuar de forma emergencial, sem concurso, prestaram serviço no pronto-socorro Dr. Janjão entre 2005 e 2008.

Segundo a denúncia, os médicos não assinaram recibos e os pagamentos eram depositados em conta corrente.

Ainda na esfera judicial, a CEI (Comissão Especial de Inquérito) que apura suposta compra superfaturada de laranjas da merenda escolar promete ir à Justiça porque diz que a prefeitura se nega a fornecer documentos.

A denúncia foi feita em novembro pelo vereador Silas Cuba (PT), da oposição. "Não é a primeira vez que temos dificuldade em ter acesso a documentos da administração."

O secretário de Finanças, Sebastião Ananias, nega a acusação. O prefeito não comentou.

Outro embate administrativo resultou na exoneração do presidente da Emdef (Empresa Municipal para o Desenvolvimento), João Marcos Rodrigues, denunciado por assédio. O caso foi parar no Ministério Público do Trabalho, e Sidnei foi acionado no processo por omissão.

Um acordo nesta semana o livrou desse processo: a prefeitura se comprometeu a afastar Rodrigues e a adotar políticas saudáveis de trabalho na Emdef, oferecendo palestras e criando uma comissão para receber denúncias.

Se o acordo for cumprido, a ação judicial será arquivada sem confissão de culpa.

Além dos problemas na prefeitura, Sidnei também enfrenta um racha dentro de seu partido. O deputado estadual Roberto Engler (PSDB) o acusa de conduzir sua sucessão na prefeitura sem a participação do deputado.

Por conta disso, Engler disse que não irá concorrer às prévias da sigla e que a responsabilidade por essa decisão é do prefeito.

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