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Cavalo de equoterapia da Apae é furtado

Unidade de Batatais faz tratamento gratuito, que pode ser afetado com o furto, para cerca de 30 pacientes

É a segunda vez que o cavalo Alípio é furtado; animal foi preparado por mais de um ano para a equoterapia

DARIO DE NEGREIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Ontem foi um dia triste para pacientes de equoterapia da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Batatais. Eles estranharam a ausência de Alípio, o cavalo mais querido do local.

O animal -um dos três usados pela instituição para equoterapia- foi furtado durante a madrugada de ontem.

Pela manhã, os funcionários da unidade rural da Apae encontraram arames farpados da cerca cortados e não acharam Alípio, que tem o nome em referência ao cavalo do programa infantil "Cocoricó", da TV Cultura.

Segundo Leno Luis Dima, coordenador da Apae, a ligação afetiva das crianças com Alípio e o fato de ele ter sido preparado para a atividade por mais de um ano tornam ainda mais problemática a perda do animal. Segundo os criadores, Alípio é o cavalo mais manso entre os utilizados para equoterapia (método de tratamento físico e psicológico feito com cavalos). "Hoje, o Alípio já fez falta", conta a fonoaudióloga Elaine Cristina Cabrini Banda. Segundo ela, um homem de 29 anos com doença degenerativa não conseguiu se equilibrar em outro animal, mais baixo e magro do que Alípio.

O furto pode prejudicar também os pacientes que utilizam os outros dois animais.

A instituição tem outros dois cavalos que não são usados para terapia, mas todos são frutos de doação.

"Nossos outros cavalos acabam sendo sobrecarregados e podem ficar intolerantes a algumas atividades", disse o coordenador Dima.

TRATAMENTO AFETADO

A unidade da Apae de Batatais possui cerca de 30 pacientes de equoterapia, vindos de diversas cidades da região, como Franca e Ribeirão. O tratamento é gratuito.

Esta é a segunda vez que Alípio é furtado. Em dezembro de 2011, ele permaneceu desaparecido por três dias.

"A gente acredita que furtam o Alípio porque ele é muito manso", diz a fonoaudióloga Banda. "Quando alguém chegava no pasto, ele já vinha ao encontro."

Um boletim de ocorrência foi feito pela instituição, que tenta divulgar o furto para tentar encontrar o animal.

Alípio tem 12 anos de idade, pelo castanho e uma mancha branca, em formato de estrela, na cabeça.

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