Rejeição a aumento pode criar desconforto com Câmara

O aumento de salário dos vereadores, decidido em sessão na última segunda-feira pelos próprios parlamentares, pode gerar um desconforto entre o governo de Dárcy Vera (PSD) e a Câmara.

O problema está no anúncio da prefeita em rejeitar a possibilidade de ela solicitar à Casa o mesmo percentual de reajuste para os cargos de prefeito e vice a partir de 2013 -ou seja, quase 40%.

Segundo sua assessoria de imprensa, Dárcy, que deve ser candidata à reeleição, não só abre mão de pedir o aumento para ela própria ou para seu sucessor como também vai vetar o reajuste de 6,5% que os parlamentares aprovaram também para os secretários municipais.

Dárcy alega, segundo sua assessoria, que o reajuste para os secretários só poderia ocorrer após ela enviar um pedido para o aumento.

Com a aprovação na quinta-feira passada, o salário dos vereadores, que é hoje de R$ 9.288,04, passa para R$ 12,9 mil na legislatura 2013-16.

O aumento de quase 40% gerou críticas da população contra os vereadores.

Na rede social Facebook, um dos protestos veiculou a foto onde aparecem oito parlamentares. Acima das cabeças deles, um balão sugere a comemoração dos vereadores com as palavras "para noooooossa alegria!!!".

'SUMIÇO'

Conforme divulgou a Folha.com na última sexta-feira, na manhã daquele dia os vereadores se ausentaram

do primeiro evento público da prefeitura após a aprovação do reajuste -o lança-mento da Nota Fiscal Ribeirão-Pretana.

Em quase todos os eventos do Executivo, os parlamentares -sobretudo os da base governista- marcam presença, como na quinta-feira, quando José Carlos de Oliveira, o Bebé (PSD), e Walter Gomes (PR) estiveram presentes no lançamento do É Pra Já. Horas depois desse evento, 16 dos 20 vereadores aprovaram o reajuste salarial deles.