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Fila por casas chega a quase 55 mil na região de Ribeirão

Nas 4 maiores cidades, prefeituras entregam imóveis, mas problema persiste

Ribeirão Preto lidera ranking com 30 mil pessoas na fila; soma de Franca, São Carlos e Araraquara dá 24,3 mil

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

A fila de famílias à espera de uma moradia popular nas quatro maiores cidades da região nordeste do Estado -Ribeirão Preto, Franca, São Carlos e Araraquara- chega a 54,3 mil pessoas, de acordo com as próprias prefeituras.

As administrações informaram que entregaram cerca de 12,9 mil casas populares nos últimos anos para resolver o problema, mas admitem que esses lançamentos não dão conta da demanda.

Ribeirão Preto lidera o ranking com 30 mil pessoas inscritas na Cohab (Companhia Habitacional Regional), segundo o diretor-presidente da empresa, Silvio Martins. Cerca de 20 mil delas têm renda de até três salários mínimos, de acordo com ele.

Em Franca, há 12.591 na fila de espera -11.950 têm renda abaixo de três salários e 6.841 deles pagam aluguel.

Já em Araraquara, o déficit é de 8.751 casas e, em São Carlos, de 3.000.

A dificuldade em suprir a demanda vai desde a falta de lotes para obras até a demora em obter o licenciamento ambiental, segundo os secretários ouvidos pela Folha.

"O financiamento do governo não dá recursos suficientes para acabar com o deficit", disse Martins, referindo-se ao alto valor dos lotes em SP. Se fossem feitas 1.500 unidades por ano, disse ainda, a demanda só iria zerar em duas décadas.

No caso de Ribeirão, desde 2009 a prefeitura lançou, em parceria com a CDHU ou a Caixa, 2.406 unidades e tem outras 2.791 em construção.

Em Franca, a secretária de Urbanismo e Habitação, Valéria Marson, confirmou que, no ano passado, 72 unidades foram construídas em mutirão e entregues. Entre 2006 e 2008, foram 1.062.

Para a oposição, a situação é pior. Segundo o vereador Vanderlei Tristão (PTB), ex-presidente da Prohab (órgão municipal de habitação), desde 2008 a prefeitura não lança moradias para a população de zero a três salários.

Valéria disse, porém, que há projeto de construção de 2.211 unidades nos próximos anos no município.

Em Araraquara, a promessa do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) de fazer 6.000 casas durante sua gestão não será atingida, segundo o próprio secretário de Habitação, Leandro Guidolin. Ele afirmou que serão 4.500 residências, meta jamais atingida por um prefeito anteriormente, disse.

São Carlos entregou 696 casas mas só para servidores públicos, disse Marcos Martinelli, diretor-presidente da Prohab. O CDHU informou que não fez conjuntos populares ali desde 2007.

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folha.com/no1069824

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