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Walter Gomes é denunciado por propaganda antecipada

Promotoria aponta que veículo usado por vereador promove sua legenda

Número de celular para contato destaca legenda que ele usou na última eleição; vereador nega existir irregularidade

Arquivo pessoal
Veículo destaca número usado por Walter Gomes em 2010
Veículo destaca número usado por Walter Gomes em 2010

GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

O promotor criminal Paulo José Freire Teotônio irá denunciar à Justiça Eleitoral o vereador Walter Gomes (PR), de Ribeirão Preto, por propaganda eleitoral antecipada.

Funcionários de Gomes usam um veículo em que, na informação sobre o telefone celular do parlamentar para contato, há destaque para os últimos cinco números.

Os números formam a legenda usada pelo parlamentar nas eleições de 2010 e 2008, quando concorreu a deputado estadual e a vereador, respectivamente: 22000.

A Folha recebeu uma denúncia anônima com a foto do veículo, que estava estacionado na semana passada em frente à Câmara, de acordo com o denunciante.

Conforme apurado pela reportagem, o veículo percorre diferentes bairros de Ribeirão, principalmente os locais em que são feitos os campeonatos de futebol amador promovidos pelo vereador.

Procurado, o promotor afirmou que o destaque do número da legenda cria uma situação de "desigualdade entre os pré-candidatos", além de "inequívocos benefícios ilegais".

Teotônio classificou a prática como "propaganda antecipada disfarçada", numa atitude reprovável.

"Irei entrar com representação e tomar as providências cabíveis para a imposição das sanções previstas em lei", afirmou o promotor.

De acordo com a legislação, caso seja condenado, Gomes poderá arcar com multa de até R$ 10 mil.

Procurado, o parlamentar nega a prática de propaganda eleitoral antecipada.

Pré-candidato a vereador, ele disse se tratar apenas de seu número de celular e que não sabe se usará a mesma legenda para as eleições deste ano (leia texto ao lado).

Em agosto do ano passado, Gomes foi denunciado à Justiça por Teotônio por suspeita de compra de votos durante as eleições de 2008.

A denúncia, que segue em tramitação na Justiça Eleitoral, afirma que o vereador e uma funcionária presenteavam eleitores com verduras, frutas e legumes em troca de votos, em uma associação mantida no bairro Ipiranga.

A representação foi feita após investigação da PF (Polícia Federal), que gravou conversas no local.

O vereador também é investigado pelo Ministério Público Estadual sob a suspeita de ter empregado uma funcionária fantasma na Câmara de Ribeirão -que trabalha em um hospital. Gomes nega todas as acusações.

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