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Construção civil entope as ruas de lixo

Sem local adequado para o despejo de resíduos de obras, pequenas cidades sofrem com o acúmulo de entulhos

Ruas repletas de lixo de obras atrapalham carros e pedestres, além de entupir terrenos e ameaçar o ambiente

SILVA JUNIOR
DE RIBEIRÃO PRETO
RICHARD SELESTRINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A expansão da construção civil tem causado transtornos a municípios do interior devido à falta de áreas adequadas para o descarte dos resíduos gerados pelo setor.

Reflexo disso são ruas abarrotadas de restos de materiais de construção, atrapalhando o trânsito de veículos ou pedestres e, ainda, entupindo terrenos e ameaçando áreas de proteção ambiental.

A Folha constatou o problema em Jardinópolis, Barrinha, Serrana e Pontal, todas na região de Ribeirão Preto, e em Guapiaçú, Ubarana e Potirendaba, na região de São José do Rio Preto.

A situação mais crítica foi encontrada em Jardinópolis, vizinha a Ribeirão, onde restos de blocos cerâmicos, telhas, cimento e tijolos oriundos de demolições ou reformas estão espalhados em praticamente toda a cidade.

O município está sem um local adequado para o envio do lixo da construção e, como resultado, o que é descartado entope ruas e calçadas, além de terrenos baldios e áreas de proteção ambiental.

Em Barrinha e Serrana, o problema é semelhante, mas em menor volume, situação também vista em Pontal.

Em Serrana, há uma área para receber os materiais, mas a administração não consegue controlar o despejo irregular. Já Barrinha não tem previsão de implantar um aterro para o entulho da construção civil ou um sistema de reciclagem.

Em média, segundo as prefeituras, essas cidades produzem por dia 20 toneladas de lixo da construção. Quando não "exportam" para aterros particulares, o material se acumula na área urbana.

Na região de Rio Preto, Guapiaçú, Ubarana e Potirendaba sofrem para controlar o despejo irregular de entulho da construção, já que as cidades não possuem local próprio para o envio dos detritos.

Segundo Marco Antônio Sanches Artuzo, diretor da Cetesb (companhia ambiental de São Paulo) de Ribeirão, a responsabilidade da destinação do lixo é dividida entre prefeituras e indústria.

"A prefeitura acaba responsável pelo pequeno volume, que é aquele gerado pelo morador que está fazendo uma reforma." Já o volume maior, pela legislação, tem que ter destino definido pelo próprio fabricante, ou seja, a indústria da construção civil.

Em Jardinópolis, a prefeitura alega que resolverá o problema, enquanto em outras localidades as administrações culpam a falta de conscientização dos moradores ou a falta de um aterro. Já o Sinduscon (sindicato da indústria) afirma seguir a.

Antes de aprovar um aterro da construção civil, a Cetesb avalia se há riscos de contaminação de solo, lençol freático, rios, nascentes e áreas de preservação.

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