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HC Criança não tem prazo para abrir

Obras em unidade do Hospital das Clínicas, que deveria ter sido inaugurada há mais de um ano, estão paradas

Assessoria diz que novo processo de licitação está previsto apenas para o segundo semestre deste ano

Silva Junior//Folhapress
Fachada do prédio do HC Criança; obra, que deveria ter sido entregue há mais de um ano, não tem previsão de conclusão
Fachada do prédio do HC Criança; obra, que deveria ter sido entregue há mais de um ano, não tem previsão de conclusão

DARIO DE NEGREIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

Estão paralisadas e sem previsão de conclusão as obras do HC Criança, inicialmente previstas para ficarem prontas há mais de um ano.

A unidade do HC (Hospital das Clínicas), especializada em atendimento infantil, teve seu projeto lançado em agosto de 2005.

Em fevereiro de 2011, dois meses antes da data prevista para a inauguração, o superintendente do hospital, Marcos Felipe Silva de Sá, disse que esperava que a unidade ficasse pronta apenas neste ano.

Agora, quem passa pelo local vê um cenário desanimador: externamente, a obra é a mesma de oito meses atrás, e não há operários trabalhando no local.

De acordo com a assessoria do HC, a empreiteira responsável pela construção descumpriu o cronograma de execução das obras e, por isso, o contrato foi rompido.

A abertura de um novo processo de licitação está prevista apenas para o início do segundo semestre deste ano.

Além das obras paradas, a inauguração do HC Criança enfrenta outros entraves: o funcionamento do hospital irá depender da ampliação do quadro de funcionários e do recebimento de verba para compra de equipamentos.

Serão necessários de 1.000 a 1.200 servidores trabalhando na unidade hospitalar.

Segundo o HC, o governo do Estado já disponibilizou recursos financeiros para a retomada das obras, mas a verba para a contratação de funcionários e para a compra de equipamentos ainda não está garantida.

Ainda de acordo com o hospital, esse ponto "será discutido posteriormente".

PERFIL DA UNIDADE

O HC Criança irá priorizar casos de alta complexidade, como o de crianças com câncer, bebês prematuros e gestantes em situação de risco.

A unidade contará com 200 leitos e deve elevar a média anual de atendimentos infantis de 150 mil para 200 mil.

A ampliação serviria não apenas para centralizar o atendimento infantil, mas também para desafogar o hospital geral.

A desativação da atual ala pediátrica abrirá espaço para o atendimento de adultos.

O próprio HC afirma que "vive uma permanente pressão por expansão" e, apesar disso, "nenhum investimento estrutural de grande porte foi feito" desde o final dos anos 1980, quando o hospital foi incorporado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O HC afirma, contudo, que o adiamento das obras não prejudica as atividades do hospital, que "transcorrem normalmente".

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