Opinião

Não se faz democracia só com as ações locais contra a ampliação das Câmaras

Movimentos sociais de quase uma dezena de cidades têm dado um belíssimo exemplo de cidadania nos últimos meses. No que se refere às Câmaras Municipais, pode-se dizer que as manifestações recentes de cobranças aos parlamentares começaram no ano passado em ao menos cinco cidades.

Conforme reportagem desta Folha, vereadores de Franca, Rio Preto (SP), Maringá (PR), Jaraguá do Sul (SC) e Novo Hamburgo (RS) desistiram de aumentar o número de políticos após sofrerem pressões populares -geralmente lideradas por empresários.

Neste ano, grupos sociais de Jaboticabal e Bebedouro seguiram esse caminho. No caso de Ribeirão, também vetaram alta salarial da Casa.

Os resultados são, no entanto, ainda muito tímidos do ponto de vista do interesse público. Falta muito a fazer. Não só vereadores, mas prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidente -além de secretários, ministros e outros agentes públicos- também devem ser cobrados.

As eleições deste ano podem ser um próximo passo. Afinal, a democracia clama por participação. Sempre.