Motoristas de ônibus de Ribeirão mantêm greve a partir de segunda

Motoristas do transporte coletivo de Ribeirão Preto confirmaram ontem a greve programada para a próxima segunda-feira. A última proposta feita pelos patrões não agradou à categoria.

De acordo com o vice-presidente do Seturp (Sindicato dos Empregados das Empresas de Transporte Urbano de Ribeirão Preto), Alcides Lopes de Souza Filho, a Transurb (associação das empresas) fez duas propostas e ambas foram rejeitadas.

Anteontem, a prefeita Dárcy Vera (PSD) tentou intermediar negociação entre as empresas e o sindicato, que resultou na terceira e última proposta, também rechaçada pela categoria.

"Os índices estão abaixo do que pedimos, e os trabalhadores decidiram parar. É inevitável", afirmou Souza.

O último pacote das empresas oferece 6,34% de aumento nos salários (de R$ 1.316,52 para R$ 1.400), 10% no prêmio pago por acúmulo de função de cobrador (R$ 251 para R$ 277), 7,5% no vale-alimentação (R$ 400 para R$ 430) e 6,3% na PLR (Participação nos Lucros e Resultados), de R$ 219 para R$ 233.

O sindicato reivindica 15% de reajuste, 25% no vale-alimentação, 39% no prêmio e PLR de R$ 658,26.

A Transurb informou que encaminhou ontem pedido de dissídio coletivo ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que vai julgar o caso.

A associação alegou também que, ao longo dos anos, ofereceu índices acima da inflação para os trabalhadores.

"Não há necessidade de greve e não concordamos com essa paralisação, mas vamos respeitar", afirmou Luiz Gustavo Guimarães Vianna, presidente do sindicato patronal.

Vianna disse ainda que pediu para a categoria evitar a paralisação total nos horários de maior pico.