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Cães e robôs são usados para afugentar aves

Aeroportos de Joinville e Porto Alegre adotam táticas para tentar afastar aves que possam provocar incidentes

Em São Paulo, Daesp afirma que está em fase de conclusão estudo para o diagnóstico e o manejo de aves

DE RIBEIRÃO PRETO

Cachorros treinados, falcões e até robôs vêm sendo utilizados em aeroportos do país na tentativa de afugentar aves que podem causar incidentes envolvendo aviões.

As alternativas têm sido usadas em Joinville (SC) e Porto Alegre, ambos controlados pela Infraero.

Os dois aeroportos figuram entre os que mais relataram batidas com aves ao Cenipa, atrás só de Guarulhos e Brasília -a taxa de colisões nos dois últimos, porém, é baixa porque têm muitos voos.

Em Joinville, os testes atuais envolvem duas cadelas da raça border collie treinadas para espantar aves quero-quero nos gramados laterais da pista de pouso. Desde abril, as cadelas Cacau e Jullie fazem patrulha duas horas por dia ao redor da pista.

Segundo o superintendente do aeroporto, Rones Heidemann, um dos cães foi adestrado para espantar as aves. O outro, acha ninhos.

A remoção ainda não ocorre porque depende de aprovação do plano de manejo.

Em 2011, Joinville já havia testado robôs disfarçados de falcões para espantar as aves.

Já em Porto Alegre, uma esquadrilha de 11 aves de rapina voa diariamente no aeroporto para espantar e capturar espécies menores. Segundo o coordenador regional de meio ambiente da Infraero na região Sul, Douglas Ricardo Hypólito de Souza, durante o dia cinco falcões-de-coleira simulam movimentos de caça -o que espanta aves menores, que temem o predador.

À noite, seis gaviões-asa-de-telha voam para capturar as aves. Miçangas são colocadas nas garras, para que não haja ferimentos. Desde dezembro, quando o trabalho começou, 167 aves foram recolhidas a uma área preservada na Ilha do Avestruz.

O Daesp, responsável pelo Leite Lopes, disse que está em fase de conclusão um estudo da Unicamp para diagnóstico e manejo de aves no entorno do local.

(LEANDRO MARTINS)

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