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Greve de ônibus em Ribeirão entra no 2º dia

Paralisação deve prejudicar 160 mil passageiros e causar transtornos para toda a população no trânsito da cidade

Transerp, que coloca todos os agentes de trânsito na rua, sugere que moradores adotem a 'carona solidária'

Fotos Edson Silva/Folhapress
Veículos parados na garagem da Turb, às 5h45, em Ribeirão Preto; ônibus saem das empresas para as ruas a partir das 4h
Veículos parados na garagem da Turb, às 5h45, em Ribeirão Preto; ônibus saem das empresas para as ruas a partir das 4h

WOLFGANG PISTORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A greve total dos motoristas do transporte coletivo de Ribeirão Preto entra em seu segundo dia hoje e deve prejudicar, novamente, cerca de 160 mil passageiros.

Além deles, a população da cidade em geral também deverá sofrer hoje com os congestionamentos. Ontem, por causa da falta de ônibus, o trânsito ficou caótico em alguns pontos. De acordo com a Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), o movimento de veículos foi 20% maior.

A Transerp disse que todo o efetivo de agentes de trânsito estará nas ruas e sugeriu que a população adote, hoje, a "carona solidária".

Nos horários de pico, as vias que ligam os bairros ao centro, como a via Norte, ficaram com mais de um quilômetro de congestionamento. A Folha percorreu um trecho 700 metros em 30 minutos, algo incomum.

Na avenida Saudade, em Campos Elíseos, o congestionamento se agravou entre a rua Capitão Salomão e a avenida Francisco Junqueira.

Táxis, mototáxis, caminhada e bicicleta foram as soluções encontradas.

Na mesma proporção que a procura, o valor do táxi também aumentou. Uma corrida, que saía R$ 5, custou R$ 10.

Os motoristas decidiram descumprir uma ordem judicial. O Tribunal Regional do Trabalho determinou que 70% da frota circulasse em horários de pico. A multa é de R$ 20 mil por dia.

Apenas 1 dos 312 ônibus que circulam na cidade chegou a sair da garagem ontem, mas voltou menos de 15 minutos depois. Os demais veículos ficaram nas garagens das três empresas de transporte coletivo.

Ontem, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo convocou os motoristas a voltarem ao trabalho por meio de propaganda na TV.

O sindicato patronal informou que não irá negociar aumento maior que o último oferecido, de 6,34%. Os motoristas pedem 15%. "Qualquer outra negociação será na Justiça", disse Luís Gustavo Guimarães Vianna, representante das empresas.

Colaborou GABRIELA YAMADA

FOLHA.com

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