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Incertezas sobre lei tornam lenta adesão à Cidade Limpa Comerciantes de Ribeirão reclamam ainda de falta de recursos para reformas Apesar de reclamações, prefeitura mantém prazo para implantação de regras para a revitalização local GABRIELA YAMADADE RIBEIRÃO PRETO Dúvidas quanto à aplicação da Cidade Limpa e a falta de recursos financeiros dos comerciantes fazem o cumprimento da lei ter um resultado lento em Ribeirão Preto. As lojas têm até o dia 10 de julho, quando começa a fiscalização, para se adaptar. A Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) diz, no entanto, que Ribeirão permanecerá, por um tempo, uma "cidade feia". "Lojistas vão retirar as placas para não serem punidos, mas irão evitar novos investimentos porque ainda há muitas dúvidas", afirmou a advogada da associação, Patrícia Bezerra de Paula. Segundo ela, outro entrave para a aplicação da lei em Ribeirão é a falta do Cadan (Cadastro de Anúncios), que ainda não foi implantado pela prefeitura na cidade. Apesar das reclamações, a prefeitura mantém o prazo e diz que vai punir as irregularidades com base na lei. A lei prevê que novos anúncios podem ser instalados somente após o registro no cadastro, que deve ser feito pelos próprios lojistas por meio da internet. Dono de um salão de cabeleireiros, Abílio Guimarães, 59, disse que terá de arcar com cerca de R$ 15 mil para reformar a fachada. "É um dinheiro que não estava previsto no orçamento", afirmou. Já José Carlos Francisco, 42, proprietário de uma loja de produtos de fotografia, afirmou que deverá investir, no mínimo, R$ 5.000, a partir da semana que vem. Para se enquadrar à lei, ele já tirou a placa do estabelecimento. Resultado: a movimentação de clientes caiu. PRESSÃO Sindicatos patronais decidiram pressionar a prefeitura e protocolaram ofício para que o prazo às adequações seja prorrogado. O ofício, entregue ontem, é assinado pelo Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto) e por representantes de farmácias, bares, padarias e feirantes. Também faz parte do movimento o Sincomerciário (Sindicato dos Empregados no Comércio de Ribeirão). De acordo com o presidente do Sincovarp, Pedro Abrahão Além Neto, o ofício é complemento a um pedido feito pela Acirp, em abril. Os valores das multas previstos são de R$ 10 mil por anúncio irregular e R$ 1.000 por metro quadrado de placa com tamanho acima do estabelecido. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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