Syngenta inaugura fábrica para exportar tecnologia

A Syngenta, multinacional que atua em pesquisas voltadas para o campo, inaugurou ontem em Itápolis, na região, sua primeira unidade no mundo para a produção de plene -nova tecnologia que simplifica e aumenta o plantio de cana-de-açúcar.

A fábrica consumiu US$ 100 milhões de investimentos. A tecnologia foi 100% desenvolvida no Brasil.

A expectativa da Syngenta, presente em mais de 90 países, é comercializar US$ 500 milhões para o fornecimento dessa nova tecnologia até 2020, com meta de estar presente em pelo menos um terço da área de plantio de cana-de-açúcar do Brasil.

MAIOR EFICIÊNCIA

Beneficiando-se da tecnologia plene, é possível plantar um hectare usando entre 1,5 tonelada e 2 toneladas de cana, bem menos que as 15 toneladas atuais. Em ambos os casos, segundo a empresa, obtêm-se uma produção média de 120 toneladas.

As mudas plene são mais eficientes, pois têm 5 cm de comprimento. No sistema tradicional, a cana é plantada com mudas de 40 cm a 50 cm.

A produtividade por hectare sobe, enquanto as despesas diminuem, permitindo menor investimento em máquinas, equipamentos e mão de obra. A plene, segundo a empresa, gera plantas mais saudáveis e livres de pragas.

Segundo Eduardo Junqueira da Motta Luiz, diretor da usina Guaíra, primeira empresa a firmar contrato para uso da plene, a nova tecnologia permite redução de 15% do custo. "É bem mais vantajoso porque proporciona mais economia", afirmou.

O diretor global de cana-de-açúcar da Syngenta, Daniel Bachner, afirmou que, com o sistema, poderá representar queda de preço de produtos fabricados a partir da cana, como açúcar e etanol.

Haverá estudos em países como Colômbia, Guatemala, México e Estados Unidos.