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Mãe e padrasto são presos sob suspeita de matar criança

Menino morreu em janeiro de traumatismo craniano; ele apresentava marcas de espancamento, segundo HC

Defesa diz que prisão foi "equívoco do sistema judiciário" e entrou com pedido de habeas corpus

Silva Junior/Folhapress
Fabio Minchio e Ana Aparecida de Souza deixam, algemados, a DDM de Ribeirão Preto
Fabio Minchio e Ana Aparecida de Souza deixam, algemados, a DDM de Ribeirão Preto

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A mãe e o padrasto de Daniel Henrique Souza Rezende, 2, que morreu em janeiro, foram presos ontem em Ribeirão Preto sob suspeita de mau tratar o menino. A defesa entrou com pedido de habeas corpus à tarde.

Fábio Alexandre Minchio, 31, foi levado ao Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto e Ana Aparecida de Souza, 23, ficará na cadeia feminina de Cajuru.

No momento em que foram transferidos da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), no jardim Paulista, para as respectivas cadeias, Minchio e Souza disseram que não espancaram Daniel.

A prisão acontece seis meses depois da morte do menino. De acordo com a delegada da DDM de Ribeirão, Maria Beatriz Moura Campos, as marcas de espancamento ficaram evidentes no resultado da autópsia.

Se o pedido de habeas corpus do advogado de defesa, Everton Marcelo Xavier dos Santos Gomes, for acatado pela juíza da 2ª Vara do Júri de Ribeirão Preto, Isabel Cristina Alonso Bezerra dos Santos, o casal deve voltar para casa na próxima semana.

Daniel deu entrada em estado grave na unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão no dia 5 de janeiro, porém não resistiu e morreu no dia seguinte.

O HC registrou boletim de ocorrência afirmando que a criança chegou ao hospital com sintomas de convulsão e "depressões nas nádegas aparentando marcas de chinelo, denotando marcas de violência". A causa da morte, segundo o laudo, foi traumatismo craniano. Em março, os dois foram indiciados por maus-tratos, mas, de acordo com a delegada, ambos responderão por homicídio.

Desde a morte do menino, três laudos médicos foram divulgados. Todos apontaram maus-tratos antes da morte.

Minchio e Souza ainda tiveram a sua casa invadida durante o enterro da criança, no dia 7 de janeiro, em Ribeirão. Eles também foram ameaçados por vizinhos e registraram boletim de ocorrência antes de se mudarem para a vizinha Serrana.

(WOLFGANG PISTORI)

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