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Região terá 108 vereadores a mais em 2013

Das 44 Câmaras que poderiam aumentar o quadro, 33 optaram por mais parlamentares; São Carlos é a que terá maior alta

Para entidade que atua contra a corrupção no país, haverá acréscimo nas despesas públicas sem necessidade

JOÃO ALBERTO PEDRINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

A região de Ribeirão vai eleger em outubro 108 vereadores a mais que na última eleição, em 2008. Levantamento feito pela Folha revela que haverá aumento no número de cadeiras do Legislativo em 33 das 44 cidades que poderiam optar pela mudança.

A elevação no total de vagas nas Câmaras pode ser feita até o último dia 30 pelos próprios vereadores, bastando modificação nas leis orgânicas. A alteração foi permitida pela emenda constitucional nº 58, que estipulou uma nova proporção entre o número de vagas no Legislativo e o de habitantes.

Das 89 cidades da região, 45 foram impedidas de promover a mudança porque têm até 15 mil habitantes e, por isso, continuam com os atuais nove parlamentares. Outras 11 Câmaras decidiram manter o número de vereadores.

ÚLTIMA ELEIÇÃO

Em 2008 foram eleitos 909 vereadores em toda a região, ante os 1.017 que serão escolhidos agora.

Se todas as Câmaras aumentassem conforme o máximo permitido por lei, poderiam ser eleitos em outubro 1.093 parlamentares.

A Câmara de São Carlos terá no próximo mandato oito vereadores a mais. Passou de 13 para 21 -limite máximo permitido. Em número absoluto, é a que mais terá vereadores "extras" em 2013.

O presidente do Legislativo, Edson Fermiano (PR), afirma que, com a elevação, a Câmara será "mais democrática", havendo uma maior representatividade. "Há hoje muita demanda e bastante trabalho. Economia fazemos de outras formas, reduzindo outros tipos de despesas."

Em Ribeirão, serão duas vagas a mais e, em Araraquara, cinco.

Marcelo Bonholi, integrante do Reage Araraquara -que reivindicou a redução do índice de reajuste salarial aprovado pelos vereadores e do aumento, de 13 para 18, do total de vagas da Câmara- diz ser absurda a criação de mais gastos na Casa.

"Quando o mundo inteiro tenta economizar por conta da crise econômica, as Câmaras preveem mais gastos. O dinheiro que será empregado para cobrir as despesas que surgirão poderia ser melhor aproveitado em outros setores", afirma.

Para Jorge Sanchez, presidente da Amarribo Brasil, entidade que atua contra a corrupção no país, esses aumentos são prejudiciais. "Vai aumentar as despesas e não haveria a necessidade disso."

Ele diz que os recursos usados para bancar os vereadores excedentes poderiam ser aplicados em áreas consideradas prioritárias.

"Os gestores deveriam utilizar as verbas públicas de uma forma mais racional, investindo em saúde, segurança e habitação."

Entre os 11 municípios que poderiam, mas não elevaram o quadro de parlamentares, está Franca.

De acordo com o presidente do Legislativo local, Valter Gomes (PSB), a decisão se deve a um entendimento dos vereadores de que o número atual é suficiente. "Não importa quantidade, mas a qualidade de quem está lá [na Câmara]. É só o povo escolher bem."

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