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USP amplia vigilância no campus Ribeirão

Câmeras vão monitorar também a periferia da unidade, entre a instituição, o Jardim Paiva e fazendas vizinhas

Campus sofre com a ascensão da violência desde 2011; só neste ano, foram furtados 12 carros na unidade

Silva Junior/Folhapress
Área da floresta da USP de Ribeirão atingida por incêndio; ação destruiu aomenos 80 hectares do local no ano passado
Área da floresta da USP de Ribeirão atingida por incêndio; ação destruiu aomenos 80 hectares do local no ano passado

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A USP Ribeirão Preto vai monitorar com câmeras de vigilância de longo alcance a periferia de seu campus, que tem cerca de 240 alqueires -5,8 milhões de m².

A medida tem como objetivo conter a violência na universidade, que, no primeiro semestre deste ano, registrou furto de 12 carros, média de um a cada duas semanas (veja quadro nesta página).

De acordo com orçamentos levantados pela administração, o gasto com os equipamentos deverá ficar entre R$ 300 mil e R$ 400 mil.

O novo prefeito da USP Ribeirão, Osvaldo Luiz Bezzon, empossado na semana passada, disse à Folha que a segurança é sua principal preocupação no cargo.

"Resolver o problema da violência é praticamente impossível, mas há formas de se reduzir a incidência de casos aqui dentro. Esse é um ponto central para mim."

Atualmente, a universidade tem cerca de 30 câmeras de vigilância, mas elas cobrem apenas a chamada área urbana do campus. Agora, vão ser instaladas três torres de 40 metros de altura cada uma com os equipamentos de longo alcance para monitorar também o setor rural.

Essas câmeras poderão filmar os limites entre a USP, o bairro Jardim Paiva e as fazendas vizinhas -áreas que hoje não são monitoradas.

"É impossível manter um pessoal fazendo vigilância no local durante 24 horas por dia, é um território muito grande", justificou.

As divisas da USP precisam de vigilância eletrônica, segundo Bezzon, porque há indícios de que elas sirvam de acesso ou fuga de criminosos.

ROTA DE FUGA

Após percorrer os arredores da USP na manhã de quinta-feira, o novo prefeito afirmou que a cerca colocada na região há apenas três meses já está arrebentada em diversos trechos. Desapareceram também fios de cobre aterrados em alguns pontos.

"Isso [cercas arrebentadas] pode ter sido causado por alguém entrando para pegar uma pipa, uma bola. Mas o fato é que, uma vez rompida [a cerca], o acesso fica fácil."

Ainda segundo o novo prefeito da USP, a área que será monitorada é rota para os criminosos fugirem com carros furtados dentro do campus. A unidade de Ribeirão deverá receber recursos para melhorar a iluminação noturna. Um projeto global da USP para todos os campi esta sendo licitado e prevê investimento total de R$ 62 milhões.

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