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Metade dos prefeitos da região busca a reeleição

Em 42 municípios, os governantes brigam para se manter nos cargos

Já em 32 cidades da região, a disputa será polarizada apenas entre dois concorrentes às prefeituras locais

Mariana Martins/Folhapress
O candidato petista João Gandini (centro) em campanha na Vila Virgínia, em Ribeirão
O candidato petista João Gandini (centro) em campanha na Vila Virgínia, em Ribeirão

JOÃO ALBERTO PEDRINI
DE RIBEIRÃO PRETO

Quase a metade dos prefeitos da região de Ribeirão Preto vai tentar a reeleição em outubro. Levantamento feito nos registros de candidatura do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que em 42 das 89 cidades os prefeitos tentam um novo mandato.

Em outros 41 municípios, os chefes de Executivo não podem ser candidatos porque já foram reeleitos em 2008. Somente em seis, os prefeitos abriram mão de tentar novo mandato.

Entre os que buscam a reeleição, os prefeitos das maiores cidades da região ouvidos pela Folha justificam as candidaturas como forma de "dar continuidade ao trabalho iniciado".

A prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (PSD), por exemplo, diz que pretende terminar projetos já iniciados, como a construção de mais duas UPAs (unidades de pronto-atendimento), creches, escolas e moradias populares.

Na briga para permanecer no Executivo, Dárcy enfrenta na campanha Duarte Nogueira (PSDB), Emilson Roveri (PSOL), Fernando Chiarelli (PT do B), João Gandini (PT) e Mauro Inácio (PSTU).

O petista Oswaldo Barba, de São Carlos, disse por meio da sua coordenação de campanha que disputa mais uma vez para implementar todas as melhorias que ele ainda deseja para o município.

São Carlos tem outros cinco candidatos na disputa: Eduardo Cotrim (PMDB), Flávio Lazarotto (PSOL), José Benedito Sacomano (PPL), Paulo Altomani (PSDB) e Ronaldo Mota (PSTU).

A assessoria do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), de Araraquara, também prega o argumento da continuidade de projetos, com foco principalmente nas áreas de educação e saúde.

Barbieri disputa a prefeitura com Márcia Lia (PT), Valter Merlos (PSD) e José Eduardo Vermelho (PSOL).

POLARIZAÇÃO

Em 32 cidades da região, também de acordo com os registros da Justiça Eleitoral, a campanha será polarizada, com apenas dois candidatos em cada município brigando pelas prefeituras locais.

A cientista política Maria do Socorro Braga, do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), diz que esse tipo de polarização é percebido, normalmente, em cidades de menor porte.

Isso ocorre, diz ela, porque nessas localidades os grupos adversários se formam pela maneira incisiva com que se estabelecem "as forças" da situação e da oposição.

"Essas disputas entre dois candidatos ocorrem, geralmente, em localidades onde as posições são mais fortes. Essa rivalidade mais acirrada acaba impedindo que surja uma terceira força e ocorre uma polarização na concorrência de forma natural."

Já Rachel Meneguello, do Departamento de Ciência Política da Unicamp, diz que, em pequenos municípios, onde a complexidade estrutural e social é menor, há menos terreno para o surgimento de propostas políticas.

"Por outro lado, é nos pequenos municípios onde há terreno para sobrevivência de grupos políticos tradicionais ou oligarquias locais que dominam o cenário político."

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