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Medida privatiza a educação, afirma docente

DE RIBEIRÃO PRETO

Comprar vaga em creches particulares é uma medida paliativa e emergencial e não resolve o deficit na rede infantil, acumulado há anos por sucessivos prefeitos, de acordo com especialistas ouvidos pela Folha.

"É uma prática que não aprovo. A princípio já é ruim a compra de vaga. É uma privatização da educação", disse a professora da USP de Ribeirão Preto Ana Paula Soares da Silva.

Outro agravante, diz, é que nem sempre as formas de ensino nas escolinhas particulares são submetidas a um rigoroso controle pela prefeitura.

Para o promotor Antonio Carlos Ozório Nunes, coordenador do Estado do grupo da área da educação do Ministério Público, bolsa-creche é um assunto relativamente novo entre as prefeituras.

Em sua visão, a alternativa da rede particular deve ser vista como paliativa.

"Sabemos que há dificuldades nas prefeituras, porque creche é um equipamento caro. Mas entendemos que, se não é possível atender só com as escolas próprias, que seja então pelas particulares", afirmou Nunes.

Mauro Sales Aguiar, vice-presidente da câmara de educação básica do Conselho Estadual de Educação, não se opõe ao convênio com a rede privada.

"Desde que a prefeitura crie um padrão de qualidade e fiscalize e exija das escolas particulares o mesmo rigor, não vejo problema nenhum", diz.

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