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Paciente com plano morre em posto à espera do Samu Samu de Ribeirão é acusado de ter recusado resgate porque ela tinha convênio Telefonista do Samu disse a TV que médico do próprio serviço se recusou a enviar a ambulância DE RIBEIRÃO PRETOA paciente Eliane Cristina Maciel Martins, 29, morreu anteontem num posto de saúde de Ribeirão Preto à espera de uma ambulância que a levasse para um hospital. A Secretaria Municipal da Saúde, o Cremesp (conselho regional de medicina de São Paulo) e o Ministério Público abriram investigação para apurar possível negligência do Samu (serviço de atendimento de urgência) e do São Francisco, o plano de saúde dela. O Samu, ligado ao SUS e gerenciado pelo município, é acusado de ter se recusado a enviar uma ambulância porque a paciente possuía convênio. "O SUS deve atender universalmente todos os pacientes", afirmou o promotor Sebastião Sérgio da Silveira, que instaurou inquérito civil. O caso ocorreu na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) Quintino Facci 2, onde Eliane deu entrada com crise hipertensiva grave, em decorrência de insuficiência renal crônica, segundo a prefeitura. Como o quadro era grave, ela deveria ser levada a um hospital. Após esperar duas horas pela ambulância, a paciente morreu. Em entrevista à EPTV, afiliada à Rede Globo, o telefonista do Samu Gerson Ferreira de Carvalho afirmou que um médico do serviço de atendimento recusou o envio da ambulância pois Eliane tinha convênio. O plano São Francisco informou, em nota, que acionou seu resgate assim que solicitado pela UBDS, mas, no caminho, a ambulância foi dispensada pelo posto, pois Eliana havia morrido. A informação contradiz o que informa, também em nota, o secretário da Saúde, Stênio Miranda. O texto não cita a ambulância solicitada ao São Francisco e diz que a remoção de Eliane seria indicada "se apresentasse condições mínimas de estabilidade clínica para que o transporte não representasse aumento do risco para sua integridade". A Folha procurou o secretário, mas ele disse que se pronunciaria apenas por nota. Segundo a prefeitura, a UBDS dispunha de equipamentos para o atendimento. Segundo Isac Jorge Filho, conselheiro do Cremesp em Ribeirão, a conduta dos médicos do Samu e do São Francisco serão investigadas. Procurada pela Folha, a família da Eliane não quis se manifestar. O telefonista Carvalho não foi localizado. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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