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Na contramão, emprego cresce em Franca

Município é o único entre os maiores da região a abrir mais vagas no primeiro semestre

DE RIBEIRÃO PRETO

Na contramão do país e das demais cidades da região, Franca teve aumento no saldo de empregos com carteira no primeiro semestre.

Entre os quatro municípios mais populosos da região, Franca foi o único a ter evolução positiva na comparação com os primeiros seis meses de 2011.

O principal impulso para o crescimento veio da indústria, que, sozinha, abriu 9.105 vagas em seis meses.

Carro-chefe da indústria francana, o setor calçadista é o principal responsável pelo saldo positivo. No entanto, o próprio setor reconhece que, apesar dos números, o momento não é de comemoração.

Historicamente, a indústria calçadista demite um grande número de funcionários ao fim de cada ano para recontratar boa parte deles no início do seguinte.

Só no fim do ano passado, segundo o Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), foram demitidos cerca de 7.000 trabalhadores das empresas locais.

No começo deste ano, a recontratação ocorreu em número maior, afirma o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto. Essa alta se deu em razão da boa perspectiva de consumo que ainda havia no início de 2012.

O problema é que, passados os meses iniciais e com a economia do país dando mostras de arrefecimento, a geração de emprego na indústria de Franca desacelerou com força a partir de abril.

QUEDAS

Já em Ribeirão, a construção civil desacelerou a geração de empregos: no primeiro semestre de 2011, foram 2.668 vagas; nos seis primeiros meses deste ano, 1.129 postos de trabalho.

O diretor regional do Sinduscon (sindicato da construção) em Ribeirão, Eduardo Nogueira, afirma que o momento vivido pelo setor é de "acomodação".

Nos casos de Araraquara e São Carlos, a indústria também puxou para baixo a geração de empregos.

Em Araraquara, a crise na citricultura, com estoques elevados de suco nas indústrias e queda nas exportações do produto, é uma das causas, diz a diretora regional do Ciesp (centro das indústrias), Eneida Miranda de Toledo.

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