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Estado manda reativar cinco bases da PM

Fechamento das bases policiais em Ribeirão Preto, anunciado anteontem, foi revertido ontem após embate político

Polícia Militar afirma que os cinco locais passarão por reforma para melhorar o serviço à população

Edson Silva/Folhapress
Policiais em frente a base da PM de Bomfim Paulista, já reaberta na tarde de ontem
Policiais em frente a base da PM de Bomfim Paulista, já reaberta na tarde de ontem

JOÃO ALBERTO PEDRINI
DE RIBEIRÃO PRETO

O governo do Estado determinou na manhã de ontem a reabertura imediata das cinco bases da Polícia Militar desativadas no dia anterior nos bairros Ipiranga, Sumarezinho, Campos Elíseos e Lagoinha, além da existente no distrito de Bonfim Paulista.

A decisão policial gerou polêmica entre os moradores dos bairros envolvidos e virou motivo de disputa política entre a prefeita Dárcy Vera (PSD), candidata à reeleição, e Duarte Nogueira, que concorre ao cargo pelo PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin, que definiu pela reativação.

A Folha percorreu as bases ontem de manhã e constatou a desativação anunciada no dia anterior. À tarde, todas já funcionavam.

O comando da PM disse na quinta-feira que os policiais fixos nas cinco bases poderiam ser utilizados nas ruas para a segurança de toda a cidade. Ao menos 20 trabalham nos locais.

Nas redes sociais, a prefeita divulgou carta ao governador, após o anúncio feito pela PM. "O fechamento das bases em nada ajuda o grande esforço feito até agora para combater a criminalidade nesta cidade", disse Dárcy.

Embora tenha se manifestado anteontem na internet após o anúncio da Polícia Militar, a Folha apurou que a prefeita sabia do objetivo da polícia desde o mês de junho.

Já Nogueira afirmou que telefonou no mesmo dia à noite para o governador, com a intenção de debater a questão e reverter o quadro.

"Ele [Alckmin] achou melhor manter tudo como está e discutir com a comunidade quaisquer mudanças posteriores", afirmou o tucano. Segundo ele, Alckmin não sabia da decisão da PM de fechar as bases.

OBRAS

Por meio de nota encaminhada pela assessoria de imprensa, o comando da Polícia Militar de São Paulo informou somente que as bases agora reativadas passarão por reformas, visando aprimorar a qualidade no atendimento à população.

Na quinta-feira, o capitão Mauricio Rafael Jeronimo justificou o fechamento dizendo que o objetivo era reestruturar as unidades de policiamento para funcionar em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a GCM (Guarda Civil Municipal).

Ele disse que tratava-se de uma reestruturação para aplicar um "conceito moderno de policiamento".

Consultada, a Polícia Militar não quis detalhar ontem,o projeto que seria implementado no município após a desativação das bases.

A Folha procurou ontem a prefeita Dárcy Vera para ouvi-la sobre a decisão do fechamento -e posterior reabertura das bases policiais-, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.

Colaborou EDSON SILVA

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