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Com obra, movimento em lojas cai até 90%

Poeira nas mercadorias e indefinição sobre fim dos reparos irritam lojistas da rua General Osório, em Ribeirão

Comerciante relata prejuízo de R$ 100 mil; lentidão na reforma do novo camelódromo também é criticada

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Lojistas do calçadão na rua General Osório, de trecho em obras, reclamam que a interdição quase completa da área provocou uma queda de até 90% no movimento.

A sujeira provocada pela terra revolvida e a indefinição do fim das obras de revitalização do centro também irritam os comerciantes.

Em alguns quarteirões, a obra começou em maio. Comerciantes dizem que ninguém informa sobre quando os reparos acabarão.

"Eu já cansei de ligar [sobre o término da obra]. Depois do fim do ano, nossa melhor época de venda é maio, junho e julho, mas neste ano foi péssimo", disse Rajah Meslemani, dono do Lojão Pague Menos, de roupas.

Ele estima que já sofreu um prejuízo de R$ 100 mil e que o movimento caiu 40% do que era esperado para o mês.

A poeira constante também lhe gerou prejuízos. "Outro dia precisei mandar 30 moletons para lavar por causa da terra", disse.

Mais próximo ao fim do calçadão, o comerciante Sandro Rodrigues Soares, dono de uma loja de som e iluminação, estima que seu movimento tenha caído até 90%.

"Dá até vontade de fechar a loja. Ninguém vem aqui. E a poeira que levanta parece até que estamos na roça", disse.

Em outro trecho do calçadão, as obras começaram há apenas 15 dias, mas lojistas já estão descontentes, como a gerente Daniela Aparecida Volpini Santos, da Casa Lili, de presentes.

"Você limpa cedo, mas meia hora depois já está tudo sujo. Os brinquedos da frente [da loja] ficam encardidos. O jeito é dar desconto no preço deles", afirmou.

CAMELÓDROMO

Outro motivo de críticas é o ritmo lento das obras de reforma do prédio que abrigará o novo camelódromo, também no calçadão da rua General Osório.

A promessa de um novo espaço para os camelôs foi feita pela prefeita Dárcy Vera (PSD), que tenta a reeleição, em 2009, quando ela estava no primeiro ano de gestão.

Alugado em 2010, o custo mensal é de R$ 9.000, como a Folha publicou em junho.

Vizinhos reclamam de que o local, parado, atrai moradores de rua e viciados em drogas, além de gerar acúmulo de sujeira no prédio.

A reportagem tentou ouvir a prefeitura ontem sobre as obras no calçadão e sobre o camelódromo, mas ninguém respondeu aos questionamentos enviados por e-mail.

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