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Cidade Limpa pode causar atritos na base Alterações à lei entram em votação na terça e emendas devem ser aprovadas, contrariando a Prefeitura de Ribeirão Candidata à reeleição, Dárcy estendeu o prazo para aplicação de multas após pressão de comerciantes
DE RIBEIRÃO PRETO As alterações da lei Cidade Limpa em Ribeirão Preto entram em votação na Câmara na próxima terça-feira, quando termina o prazo regimental, e podem ainda causar atrito entre o bloco governista. Isso porque especula-se que as emendas dos vereadores Nilton Gaiola (PSC) e Walter Gomes (PR), que preveem a ampliação do prazo para adequação à lei, possam ser aprovadas. Ambos fazem parte da base governista da prefeita Dárcy Vera (PSD). "Estamos negociando com o governo, que tem se mostrado interessado em ampliar o prazo. Se aprovar, eu retiro a emenda. Mas quero garantia de que o acordo será cumprido", afirmou Gaiola. Os parlamentares defendem a extensão do prazo para até dois anos e afirmam que respondem a apelo feito por comerciantes. No entanto, o secretário de Governo, Jamil Albuquerque, foi enfático: a prefeitura é contrária às emendas. "O governo não tem interesse [na ampliação do prazo]. Se os vereadores aprovarem, a prefeitura irá vetar", afirmou o secretário. Ele admitiu que a aprovação das emendas pode causar conflito dentro do bloco. PRESSÃO ELEITORAL O prazo fixado para as adequações terminou no último dia 10 de julho. Entretanto, após pressão de entidades ligadas a empresários e comerciantes, a prefeita, que concorre à reeleição, decidiu estender até 10 de setembro o início da aplicação de multas, no chamado "prazo educativo". O vereador Marcelo Palinkas (PSD), autor do Cidade Limpa e presidente da comissão, afirmou durante a sessão da semana passada que, quando as alterações entrarem em votação, a comissão deverá se reunir para dar parecer favorável. Palinkas, também líder do governo na Câmara, foi procurado ontem duas vezes em seu gabinete e no celular, mas não foi encontrado. O impasse criado na Casa após a apresentação das emendas culminou na falta de regularização de outdoors, megalights e painéis. As alterações propostas pela administração no mês passado garantem a manutenção desses serviços, que hoje são explorados de forma ilegal. A prefeitura pede também que o setor tenha três anos para se adequar à lei. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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