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Greve já ameaça produção de indústrias

Paralisação na Anvisa prejudica importação de mercadorias e matéria-prima, que ficam retidas em portos e aeroportos

Setor mais afetado em Ribeirão é o de fabricação de aparelhos para odontologia e produtos farmacêuticos

DE RIBEIRÃO PRETO

A greve de servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que entra hoje no 27º dia, tem afetado a produção de indústrias de Ribeirão Preto. Com a paralisação, a importação de produtos é prejudicada.

Empresas do ramo farmacêutico e de aparelhos odontológicos estão sendo obrigadas a rever suas estratégias de fabricação para driblar o problema da retenção de matéria-prima em portos e aeroportos do país.

A categoria está parada para reivindicar reposição salarial. O gerente de marketing da JP Indústria Farmacêutica, Everton José Buzzo, disse que estão retidas mercadorias sujeitas à fiscalização e que dependem de inspeção e liberação da Anvisa.

Buzzo afirmou que três contêineres carregados de produtos estão aguardando liberação nos aeroportos de Viracopos (Campinas) e Cumbica (Guarulhos), além do porto de Santos.

A empresa produz, por dia, cem mil embalagens de soro e 3.000 bolsas de sangue.

"Se a greve continuar, a produção ficará comprometida", afirmou.

Fábio Silvestre, gerente industrial da Dabi Atlante, disse que a fabricação de equipamentos e acessórios odontológicos depende de produtos adquiridos no exterior.

"Se a greve continuar é possível que alguns compromissos assumidos não sejam cumpridos", afirmou.

Vencedora de uma licitação do Ministério da Saúde para a entrega de equipamentos odontológicos, a Gnatus afirma que teme sofrer prejuízos com a demora na liberação de matéria-prima.

"Temos um cronograma a cumprir. Se não obedecermos podemos ser multados", disse o gerente de suprimentos, Italo Henrique Vicari.

POLÍCIA FEDERAL

A paralisação de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal continua nas delegacias de Ribeirão Preto e Araraquara.

A categoria, que reivindica aumento salarial e melhores condições de trabalho, anunciou que a paralisação continua, pelo menos, até a próxima quarta-feira.

A operação-padrão da PF, que causou transtornos a passageiros em Cumbica anteontem, não afetou voos no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, que teve movimentação normal ontem.

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