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De cada dez queimadas registradas em SP neste ano, 4 foram na região

Em 2011, proporção de focos de calor no nordeste paulista em relação ao Estado era menor (28%)

Previsão do Inmet para os próximos dias é de seca; última chuva foi em São Simão e Pradópolis, em julho

JOÃO ALBERTO PEDRINI
DE RIBEIRÃO PRETO

Dados do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) mostram que os municípios da região de Ribeirão Preto são responsáveis por quatro de cada dez focos de calor -queimadas- identificados pelos satélites em São Paulo neste ano.

Segundo números do órgão, ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram detectados 2.592 focos de 1º de janeiro até ontem na região. Ao todo, o Estado teve 6.905 identificados (37,54% do total). Em 2011, quando o total de notificações em SP foi maior (13.527), a região era responsável por 28,26% do total.

Das cinco cidades paulistas com mais focos neste ano, quatro são da região de Ribeirão Preto: Morro Agudo (173), Barretos (160), Gavião Peixoto (122) e Itápolis (84).

Só em agosto, foram 535 focos na região -32,44% do total de 1.649 do Estado. No período, queimadas foram flagradas em 73 cidades.

A meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) Helena Turon Balbino diz que uma massa de ar seco que atinge a região funciona como um bloqueio, inibindo a formação de nuvens, deixando o tempo aberto e sem previsões de chuva.

SEM CHUVA

Ela afirma que a última chuva foi registrada em São Simão e Pradópolis, no dia 18 de julho. A previsão, segundo ela, para os próximos dias é de tempo limpo. "Deve chover apenas no final da semana que vem, entre os dias 24, 25 e 26 [de agosto]", diz.

O índice de umidade relativa do ar continua baixo, 29% ontem, às 13h e 14h, segundo estação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), em Ribeirão, o que coloca a cidade em estado de atenção, segundo parâmetros da OMS (Organização Mundial da Saúde).

O tenente do Corpo de Bombeiros de Ribeirão Preto,Jean Gomes Pinto, diz que muitos focos de incêndio são provocados pela própria população. Por isso, diz ele, falta conscientização.

"O fogo destrói matas nativas, plantações e áreas florestais. Além de degradar, é perigoso, porque pode provocar acidentes em estradas por causa da fumaça", afirma.

O tenente alerta também para problemas respiratórios causados pelas queimadas, em razão da inalação de substâncias tóxicas contidas na fumaça. Alergias, irritações, ardência nos olhos, asma e bronquite são algumas das consequências.

"As queimadas são perigosas para o meio ambiente e à saúde humana", diz.

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