Gripe A está presente em ao menos 9 cidades da região

Ao menos nove cidades da região de Ribeirão Preto já tiveram casos ou mortes provocadas pela gripe A (H1N1) neste ano. A última vítima foi um homem de 56 anos que morreu na semana passada em Monte Alto.

A reportagem coletou dados dos municípios que tiveram casos da doença verificando registros no CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), do governo do Estado, e nas prefeituras.

Já ocorreram mortes também em Ribeirão Preto (5) e Araraquara. Além dessas cidades, registraram casos de gripe A Monte Azul Paulista, Severínia, Taiaçu, Guaraci, Ituverava e Brodowski.

A morte por gripe A (H1N1) em Monte Alto foi confirmada ontem pela coordenadora da vigilância epidemiológica, Kellem Teixeira Ruelas.

Segundo a dirigente da cidade, foi o primeiro óbito registrado pela doença na história do município.

A H1N1 também foi diagnosticada em outras duas mulheres, mas elas já foram atendidas e liberadas.

O município vai intensificar campanhas para prevenir a gripe, principalmente em escolas -tanto públicas como particulares. Orientações também estão sendo repassadas a estabelecimentos comerciais e industriais.

Ela conta que o exame para detectar a gripe A (H1N1) é solicitado quando o paciente apresenta sintomas mais agudos da doença, como febre alta, dor de cabeça intensa, muita tosse e extrema dificuldade em respirar.

BALANÇO EM SÃO PAULO

A Secretaria de Estado da Saúde diz que não é possível disponibilizar números regionalizados -os dados por cidade estão desatualizados.

O órgão divulga apenas os registros totais do Estado. Segundo o último balanço do governo, são 212 casos nos municípios paulistas, com 45 mortes até julho.

Já em todo o Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 2.310 casos e 284 mortes -até o dia 12 de agosto.

O Ministério da Saúde diz que está monitorando os casos em todo o país. Segundo o órgão, em alguns casos, as equipes do governo federal vão aos Estados que solicitam visitas técnicas.

O vírus da gripe A (H1N1), que surgiu em 2009 no México, circula no mundo inteiro, mas, de acordo com o governo federal, é pouco provável a ocorrência de epidemias, como a pandemia de 2009, quando o Brasil registrou 2.060 mortes.

Em agosto de 2010, com base nos dados epidemiológicos registrados até aquela ocasião, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia encerrada.