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Cutrale anuncia investimentos em grãos

Um dos maiores produtores de suco de laranja do mundo, grupo aposta em soja e milho

DE RIBEIRÃO PRETO

A Cutrale, de Araraquara, uma das maiores fábricas de suco de laranja do mundo, anunciou investimentos em plantações de soja e milho.

Por meio de nota, a empresa afirma que decidiu comercializar as commodities pelo grande potencial de crescimento e pela demanda cada vez maior apresentada em diversos países. Sua produção será em Mato Grosso do Sul.

A indústria informa também que já transporta os grãos de outros produtores. Nesse caso, o grupo aproveita sua infraestrutura logística instalada para levar suco concentrado a outros países.

O escoamento de soja e milho é feito via terminal portuário da empresa, no Guarujá.

"A Cutrale aplicará sua expertise no trading mundial de sucos ao segmento de grãos. A empresa desenvolveu um sistema de produção baseado em tecnologia de ponta aplicada ao manejo agrícola, que proporciona baixo custo e competitividade, vantagens que fomentam os novos negócios", segundo a nota.

A indústria também está comprando grãos de outros Estados. Toda a produção é exportada. Os números das operações não foram divulgados.

O anúncio da ampliação das atividades coincide com um cenário de crise na citricultura, ocasionada pela queda no consumo mundial de suco, supersafra e alta dos estoques nas indústrias.

Marcos Fava Neves, professor de economia da USP, diz, no entanto, que os investimentos anunciados não estão relacionados à crise.

"É uma diversificação de atividade natural. Se a empresa tem competência no processamento de produtos e em logística, é normal que haja expansão para outras áreas e setores", afirma.

Por outro lado, dados do Ministério da Agricultura apontam que o valor de produção da soja, após a quebra da safra nos Estados Unidos e a consequente elevação dos preços, deverá atingir o recorde de R$ 62,1 bilhões neste ano. O milho também vive um bom momento.

A quebra de 100 milhões de toneladas na safra dos EUA está segurando os preços no Brasil, que se tornou alvo dos importadores.

O volume que sairá do país deve ficar próximo de 2 milhões de toneladas neste mês, considerado um bom número por especialistas.

(JAP)

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