Índice geral Ribeirão
Ribeirão
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Saiba mais

Setor se vê na 'pior crise' da citricultura

DE RIBEIRÃO PRETO

Produtores de laranja da região de Ribeirão Preto apontam a atual crise da citricultura como "a pior" que já viveram. E afirmam que estão deixando a cultura da fruta para se dedicar a outras lavouras.

O diretor do Grupo Mahle, Otto Henrique Mahle, afirmou que há anos o mercado não remunera a produção satisfatoriamente, mas neste ano, com a supersafra, está pior e o produto apodrece no pé -no total, 35 mil caixas se perderam.

Um dos impactos disso é a redução da mão de obra empregada nos pomares. No ano passado, disse Mahle, cerca de 150 pessoas trabalhavam na colheita de suas propriedades.

Hoje, são cerca de 30 trabalhadores, segundo o produtor. Ele afirma também que, com a baixa rentabilidade da laranja, desde 2000 começou a substituir os pomares por canaviais.

Mahle afirma que hoje a cana já ocupa 900 hectares das propriedades do grupo, enquanto a laranja está em 260 hectares, dos quais 115 vão virar canaviais a partir do ano que vem.

"Há estudos que indicam que a laranja emprega mais gente. Para cada trabalhador na cana, a laranja emprega sete", disse.

Lincoln Johnson Aparecido Alves, produtor de Tanabi, afirma: "A crise é a pior porque, em anos anteriores, ainda se conseguia vender o produto. Hoje não estamos nem vendendo. Eu já perdi 13 mil caixas".

Ele também disse que estuda uma migração da laranja para outra cultura, como o milho, por exemplo.

A crise no setor citricultor ocorre devido a três fatores, principalmente: queda nas exportações de suco, estoque elevado do produto nas indústrias e supersafra da laranja.

(ARARIPE CASTILHO)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.