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Obras deixam pedestres no meio da rua em Ribeirão Pessoas a pé usam o espaço de carros e motos para desviar de intervenções Para especialista, há risco de acidente; prefeitura não fala sobre problema nem diz quando obras acabam
DE RIBEIRÃO PRETO As obras de revitalização de ruas centrais de Ribeirão Preto reduziram o espaço dos pedestres e, em alguns trechos, fecharam as calçadas, obrigando as pessoas a andarem literalmente pela rua. A situação faz com que os pedestres disputem espaço com carros e motos, expondo-as a risco de acidentes, segundo especialista ouvido pela Folha e pedestres entrevistados em duas das vias. As obras no centro têm criado gargalos na passagem dos pedestres em trechos como na esquina da rua General Osório com a Visconde de Inhaúma, bem no encontro das praças 15 de Novembro e Carlos Gomes, e da Álvares Cabral com a São Sebastião. Procurada, a prefeitura não falou sobre o problema nem disse quando terminam as obras. Não há uma barreira que separe os carros dos pedestres que andam em um pedaço da rua. Ontem à tarde, quando a Folha esteve nos locais, não havia marronzinhos dando orientações. Andando com dificuldade, Tereza Campos, 81, passou rente aos carros. "Tenho medo porque posso cair. Os carros passam encostadinho". Edson da Silva, 30, segurava a mão do filho Pedro, 4. "Vai que a gente se distrai e o menino vai pro meio da rua." Mas há quem não veja risco, como a diarista Terezinha Silva, 70. "Se não fechar a rua, não dá para arrumar." Para o presidente da Associação Brasileira de Segurança Veicular, o advogado Ademar Gomes Padrão Neto, durante obras em locais movimentados, o pedestre deveria ser tratado como prioridade no trânsito, o que não ocorre. É preciso, afirmou, sinalização, presença fixa de marronzinhos, avisos na imprensa sobre o desvio e a criação de barreiras protetoras. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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