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Hospital de Barretos recorre a bancos para seguir em RO

Diretor-geral diz que não recebeu do governo estadual verbas de manutenção

Ele afirma que o não pagamento compromete serviço no Estado; secretário da Saúde não é encontrado

DE RIBEIRÃO PRETO

O Hospital de Câncer de Barretos em Porto Velho (RO), inaugurado há quase três meses, ainda não recebeu os pagamentos da verba de manutenção, que gira em torno de R$ 1,4 milhão por mês.

Com a falta do pagamento, que deveria ser feito pela Secretaria de Estado da Saúde, o hospital teve de recorrer a empréstimos bancários para garantir o salário de funcionários, medicamentos e despesas de manutenção.

"Viemos para Rondônia com a intenção de ajudar, e não caçar dor de cabeça", afirmou o diretor-geral do hospital, Henrique Prata, que estava no Estado ontem.

Segundo ele, por mês são atendidos uma média de 800 pacientes que, até julho, se deslocavam até Barretos para o tratamento de câncer.

Prata afirmou que durante 60 dias cobrou o Estado pelos pagamentos, sem ter tido retorno da secretaria sobre a data em que seria feito o acerto.

O fato, disse ele, tirou o estímulo de levar para Porto Velho novas parcerias -entre elas, estava prevista a ida de uma carreta de diagnóstico para a realização de exames gratuitos de prevenção por todo o Estado.

O casos seriam mapeados e depois, encaminhados até a unidade de Rondônia.

No mês passado, o Instituto Avon fez a doação de R$ 1,7 milhão para uma parceria com a Fundação Pio XII, que administra o hospital, e o governo do Estado de Rondônia, para promover a detecção precoce do câncer de mama de 49 mil mulheres.

'INGRATIDÃO'

"É uma ingratidão de um secretário de Saúde totalmente irresponsável. Estamos vivendo um verdadeiro drama e ele não está nem aí para isso", afirmou Prata.

Apesar do problema financeiro, Prata descartou a possibilidade do fechamento da unidade em Rondônia e disse que, por enquanto, não deverá denunciar o caso a nenhum órgão, como o Ministério Público.

O secretário de Estado da Saúde, Gilvan Ramos, foi procurado no gabinete e celular, mas não foi encontrado.

Sua assessoria informou que o contrato entre a secretaria e o hospital foi finalizado na última sexta-feira.

Por causa disso, de acordo com a assessoria, os valores em débito foram creditados e deverão ser pagos até a sexta-feira desta semana.

O hospital em Rondônia completa três meses em 10 de outubro. Com um total de 22 leitos, oferece, além dos exames preventivos, os serviços de quimioterapia e cirurgias.

Segundo a secretaria, para a construção do hospital foram gastos R$ 4 milhões -25% da iniciativa privada.

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