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SP abre licitação para restauro de museu

Empresa que vai realizar reforma na Casa de Portinari, em Brodowski, pode ser conhecida em novembro, diz Estado

Museu está fechado para o público desde junho e não tem data prevista para ser reinaugurado

Edson Silva/Folhapress
Capela da Nonna, no Museu Casa de Portinari, em Brodowski, que está fechado para o público desde junho
Capela da Nonna, no Museu Casa de Portinari, em Brodowski, que está fechado para o público desde junho

DANIELA SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,DE RIBEIRÃO PRETO

A Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo abriu licitação para contratar uma empresa para realizar o restauro do prédio do Museu Casa de Portinari em Brodowski, fechado para o público desde junho, sem data prevista para reinauguração.

De acordo com a secretaria, a empresa contratada deve ser anunciada até novembro, caso não haja recurso. Em seguida, será instalada uma cobertura metálica provisória para proteger o edifício durante a reforma.

Não existe prazo definido para a conclusão das obras que incluem a restauração, já que, segundo a assessoria do museu, trata-se de um trabalho minucioso envolvendo as pinturas de Portinari (1903-62) nas paredes da casa de 170 m² onde o artista viveu sua infância e juventude.

O custo inicial da obra está previsto em R$ 1,4 milhão e inclui intervenções na estrutura e fundações, redes hidráulica, elétrica e de telefonia, climatização, acessibilidade, além de outros detalhes que farão parte da reforma.

PROBLEMAS

O museu foi fechado em junho depois de um laudo apontar o desgaste em algumas obras expostas no prédio da cidade.

Os problemas foram encontrados nas pinturas "São Jorge e o Guerreiro" e "Sagrada Família", que apresentam um processo em que a tinta se desgarra das paredes, chamado delaminação.

Rachaduras e desgaste na pintura também castigam a casa onde morou Portinari.

A Capela da Nonna, no próprio imóvel, também foi interditada em junho. Ela e a recepção do museu de Brodowski são os pontos mais críticos apontados pelo laudo, que foi assinado pelo restaurador Júlio Moraes.

O fato de o pintor ter "inventado" a tinta que era utilizada em seus trabalhos faz a análise ser ainda mais complexa, de acordo com a diretora do museu em entrevista anterior à Folha.

A casa onde o pintor cresceu foi desapropriada pelo governo do Estado em 1969 -sete anos após a sua morte dele- e, um ano depois, foi oficializada como museu.

Desde então, passou por diversas restaurações, a última delas em 2004.

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