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Setor calçadista de Franca amarga ano ruim

Exportação de pares de sapatos caiu 16% em 2012 e faturamento teve queda de 14%

DE RIBEIRÃO PRETO

Principal atividade econômica de Franca, o setor calçadista amarga neste ano redução no volume de pares exportados e no faturamento. Nem mesmo o aumento no preço médio do sapato conseguiu impedir a queda nas negociações.

Embora exporte hoje para 81 países, as fábricas da cidade apresentaram queda de 16,58% no total de pares e de 14,30% no volume financeiro, de acordo com o Sindifranca (Sindicato da Indústria Calçadista de Franca).

Foram exportados 1,697 milhão de pares entre janeiro e agosto deste ano, ante os 2,035 milhões do mesmo período do ano passado. Como comparação, o acumulado em 2008 -quando já existia a chamada "invasão asiática", mas não tão forte como agora- foi de 3,704 milhões de pares no período.

Os empresários locais conseguiram elevar o preço médio dos calçados, hoje em US$ 31,47 (no ano passado, custavam US$ 30,63), mas isso não impediu que o faturamento caísse dos US$ 62,338 milhões de 2011 para US$ 53,425 milhões, neste ano.

O setor emprega cerca de 26 mil trabalhadores, mas viu desacelerar neste ano a oferta de vagas. Em julho e agosto, o total de novos empregos ficou abaixo do volume de 2011 -foram 520 postos, ante os 919 do ano passado.

Para os calçadistas da cidade -que representa 70,7% da exportação paulista em volume financeiro, de acordo com o Sindifranca-, o cenário previsto no país é de demissões, em decorrência da decisão do governo federal de não restringir importações de sapatos da Ásia.

(MARCELO TOLEDO E ARARIPE CASTILHO)

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