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Capitão é baleado, reage e mata suspeito em Ribeirão

Morto dirigia moto onde estava atirador que disparou contra policial militar

Caso é o quinto do gênero na região, mas PM descarta atentado e diz que ocorrência pode ter sido assalto

DE RIBEIRÃO PRETO

O capitão da Polícia Militar Paulo Sérgio Fabbris, 43, foi baleado por um homem anteontem à noite em Ribeirão Preto, revidou e, na troca de tiros, matou um jovem de 19 anos que dirigia a moto onde estava o atirador.

O caso, ocorrido no Jardim Irajá, foi o quinto do gênero em menos de dois meses na região. O capitão Rafael Jeronimo Melo afasta, no entanto, a hipótese de atentado.

"Estive no local e sinceramente não acho que alguém fosse tentar matar o capitão [Fabbris] com um revólver de calibre 38", diz.

Segundo ele, se fosse um atentado, provavelmente os homens utilizariam armas mais potentes.

Fabbris é instrutor de tiros da PM. Melo também diz que a ação não parece ser um ato orquestrado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que tem agido dentro e fora dos presídios paulistas. "O caso está sendo investigado", diz.

A Polícia Civil e a PM falam em tentativa de assalto. A camionete dirigida por Fabbris, no entanto, ficou marcada por vários disparos. Segundo o boletim de ocorrência, dois homens cercaram o PM por volta das 21h30, na rua Chile.

O capitão reagiu e atingiu os dois. Cristovão Fernando Caroba Galego, 22, levou dois tiros no rosto e morreu no local. Clovis Almeida de Souza Junior, 19, foi baleado no abdome. Ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e passou por uma cirurgia. Seu quadro era estável ontem.

O capitão foi atingido na perna e na região da bacia. Mesmo ferido, ele dirigiu a camionete até o HC (Hospital das Clínicas), onde foi atendido. Ontem mesmo, Fabbris recebeu alta e foi para casa.

OUTRO CASOS

No dia 10 de setembro, quatro tiros acertaram o portão da casa de um soldado da PM no bairro Ipiranga, em Ribeirão. Não houve feridos.

Quatro dias depois, o policial militar Marco Aurélio de Santi foi morto com seis tiros em uma empresa de distribuição alimentícia, onde fazia segurança fora do horário de trabalho na PM, na Vila Jacobucci, em São Carlos.

No dia 15 de setembro, um sargento da PM morreu com oito tiros numa avenida do Parque São Paulo, em Araraquara. Ele estava numa moto, em frente a um supermercado fechado, quando foi atingido. Os tiros acertaram o tórax, a cabeça e um dos braços.

Já no dia 24, Wilson Carlos Romão, 33, levou quatro tiros, à tarde, em um posto do Monte Alegre, em Ribeirão. Ele estava de folga. Recebeu alta na semana passada. Em todos os casos, a PM descarta ter havido atentados.

(JOÃO ALBERTO PEDRINI)

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