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Quatro morrem e dois PMs se ferem em menos de 40 h

Ações ocorrem após capitão ser baleado e matar suspeito em Ribeirão Preto

Apesar das ações, corporação afirma que não há atentados contra policiais na região nem no Estado de São Paulo

JOÃO ALBERTO PEDRINI
GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

Quatro pessoas foram mortas e dois policiais militares ficaram feridos em Ribeirão Preto entre a noite de domingo e a manhã de ontem. Em três casos, houve o confronto direto entre suspeitos e a PM.

O clima de tensão foi instalado após o capitão Paulo Sérgio Fabbris ter sido baleado no domingo. No dia seguinte, um suposto membro do PCC -segundo o boletim de ocorrência-, Douglas Ferreira Luna, 29, conhecido como Dentinho, foi morto em confronto com a PM.

Segundo a polícia, uma operação foi realizada para cumprir um mandado de prisão, já que Dentinho estava foragido desde 2010.

Já ontem pela manhã, Dirley Aparecido Alves, 39, foi morto durante uma averiguação de denúncia anônima, no Jardim Marchesi. A polícia diz que ele atirou contra um PM, que ficou ferido na mão.

A família afirma, por outro lado, que a casa foi arrombada pelos policiais e ele não conseguiu se defender.

O delegado Samuel Zanferdini, que investiga o caso, pediu o exame residuográfico dos policiais e de Alves. Na casa dele, foram encontrados armas, drogas e dinheiro.

'LISTA DO PCC'

Policiais procuraram a regional da Associação de Cabos e Soldados em Araraquara para relatar que há uma lista com os nomes de cinco PMs "marcados para morrer", supostamente feita pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Carlos Roberto Marques, presidente da entidade, diz que membros da corporação o procuraram, preocupados com os sucessivos ataques envolvendo policiais militares na região.

Em setembro dois PMs foram mortos: um em São Carlos, com seis tiros, e outro em Araraquara, com oito.

De acordo com Marques, os policiais estão sendo municiados com informações de integrantes da Polícia Civil, obtidas por meio de gravações telefônicas. "Os PMs reclamam de que essas informações estão chegando atrasadas, de forma não oficial."

Já em Ribeirão, alguns policiais têm recebido mensagens de celular, de autoria desconhecida, alertando sobre possíveis ataques, segundo o presidente da regional da associação na cidade, Miguel Arcanjo da Silva.

Ele também recebeu "avisos" em seu aparelho, que alertava para ordens, supostamente enviadas por membros do PCC, para matar PMs.

Apesar das ações, a PM nega que policiais tenham sofrido atentados no Estado.

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